São Paulo pede justiça a Mariana Ferrer em caso de estupro
Tricolor usou o Twitter para discordar da sentença de que ato do empresário André de Camargo Aranha foi 'estupro culposo', crime que não está previsto na lei brasileira
Seguindo o exemplo de alguns jogadores brasileiros mundo afora, o São Paulo posicionou-se nas redes sociais em relação ao caso da influenciadora digital Mariana Ferrer, que ganhou as redes sociais na manhã desta terça-feira.
- O São Paulo FC repudia a violência de gênero em todas suas formas de manifestação. Toda relação sexual sem consentimento é estupro. Falar em estupro não intencional é desrespeitar profundamente as vítimas e correr o risco de abrir um perigoso precedente. #NãoExisteEstuproCulposo – escreveu o clube em suas redes sociais nesta tarde.
O São Paulo FC repudia a violência de gênero em todas suas formas de manifestação. Toda relação sexual sem consentimento é estupro. Falar em estupro não intencional é desrespeitar profundamente as vítimas e correr o risco de abrir um perigoso precedente. #NãoExisteEstuproCulposo
— São Paulo FC (@SaoPauloFC) November 3, 2020
O julgamento do caso de Mariana Ferrer teve sentença inédita, com uma classificação de que o ato do empresário André de Camargo Aranha contra a jovem foi “estupro culposo”, crime que não está previsto na lei brasileira, ou seja, “não foi intencional”.
O clube se junta ao coro formado por outros jogadores, casos de Richarlison, Reinier, João Peglow, Júnior Urso, Paulinho, entre outros. Corinthians e Vasco também se posicionaram nas redes.
O CASOO empresário André de Camargo Aranha foi acusado de estuprar a promoter de 23 anos durante uma festa em 2018. Inicialmente, Aranha havia sido condenado pelo promotor Alexandre Piazza por estupro de vulnerável, quando a vítima está sob efeitos de entorpecentes ou álcool e não é capaz de consentir ou se defender. Ele também solicitou a prisão preventiva do acusado, que foi aceita pela Justiça, mas foi derrubada em segunda instância pela defesa de Aranha.
Houve uma troca de promotores do caso, saindo Piazza e entrando Thiago Carriço de Oliveira, que em suas alegações finais veio com a tese do estupro “sem intenção”. O juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, concordou com a tese de Oliveira e absolveu Aranha.