Titular no gol do Remo, Marcelo Rangel trabalha duro para o Re-Pa: ' A gente sabe da cobrança'
O arqueiro remista vem se mostrando bastante seguro com a expectativa que rodeia o maior clássico do futebol amazônico, marcado para o próximo domingo (4)
Sem muitas surpresas, o público do Parazão vai assistindo à consolidação das duas maiores equipes do torneio: Paysandu e Clube do Remo. Ambos lideram a competição, com leve vantagem para os bicolores, que têm 9 pontos, contra 6 do Remo, e um jogo a menos. O tira-teima das locomotivas será, na verdade, um "esquenta" que vem medir como as duas equipes estão se saindo neste início de temporada.
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Do lado azulino, o goleiro Marcelo Rangel vem se mostrando muito confiante. Para ele, o clássico no futebol é uma instituição que deve ser respeitada e encarada de frente, sem o tradicional "oba-oba" das arquibancadas.
"Disputei vários clássicos na minha carreira, em outros estados e também aqui, onde temos esse clássico grandioso que é Re-Pa. Neles tudo é diferente. As atenções são voltadas para esse tipo de jogo, mas a euforia tem que ficar do lado de fora. Temos que trabalhar com muito foco cada detalhe que for passado durante a semana, para chegar preparado e fazer um grande jogo. A gente sabe da cobrança e o que representa um Re x Pa", avalia.
Para o clássico, o Leão Azul ganhou uma espécie de "tempo extra", após o adiamento da partida contra o Tapajós, marcada para o último domingo (28). Com isso, o elenco azulino terá mais alguns dias para treinos, que na visão do goleiro podem trazer consequências distintas, a depender de como o grupo recebe essa benesse.
"Em termos de ritmo de jogo, quanto mais o jogador estiver em campo por curto período de tempo, maior ritmo ele dará. Mas também tem o lado positivo, onde você trabalha outros aspectos que precisam ser melhorados. Nesses 10 dias estamos focando nisso", entende.
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Até o momento, o Clube do Remo tem feito uma campanha positiva, mesmo não batendo de frente com uma forte equipe, caso do maior rival. Sob esse aspecto, a evolução tática do elenco tem caminhado dentro dos conformes, fato que até evita o trabalho do arqueiro, até aqui pouco acionado em campo.
"Quanto menos a bola chega no goleiro, é sinal que todo o sistema tem sido executado com sucesso. Foi assim nesses dois jogos, fiz uma ou duas intervenções. Isso mostra que o time tem criado uma identidade e deixado o nosso adversário o mais longo possível do gol. Espero que seja assim durante o ano, pois nossa equipe tem qualidade para criar e definir lá na frente". Tudo isso, segundo ele, é fruto de um trabalho bem arquitetado pelo técnico Ricardo Catalá, conferindo aos atletas um maior poder de comunicação e ação durante os jogos.
"Dentro de campo, nós, atletas, temos que nos comunicar muito, para que todos possam ter uma visão ampla do que está acontecendo. Às vezes, quem está de costas não vê o que se passa, e atrás nós [goleiros] temos uma melhor leitura de jogo. Essa comunicação é importante entre o time, e o professor tem reforçado muito isso", encerra.
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