Série C: Desde que voltou a jogar em 2016, Remo se classificou apenas uma vez; veja campanhas
Remo ainda busca uma classificação neste ano, mas precisa vencer suas partidas e torcer por tropeços de seus adversários, para não entrar de férias
O Campeonato Brasileiro da Série C está próximo de finalizar a primeira fase e o Remo, único representante da Região Norte na competição nacional, vive uma situação delicada, que pode custar ao Leão Azul o término da temporada 2024 de forma precoce, as temidas férias, sem jogos oficiais.
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O Remo ocupa a 9ª colocação na classificação da Série C, com 22 pontos conquistados (sem contar o resultado do jogo contra o Londrina-PR, ocorrido no sábado), portanto fora do G-8 da competição. Essa não é a primeira vez em que o Remo, agremiação centenária, fica de fora da fase decisiva da Terceira Divisão.
Campeão
A equipe azulina já conquistou o título da Série C, foi em 2005, na sua primeira participação na competição nacional e, tinha como vice-presidente, o atual mandatário do clube, Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão. Em 2024 o Remo completa 10 participações na Série C, porém, desde que voltou a disputar sequencialmente a competição em 2016, apenas uma vez o Leão Azul conseguiu avançar de fase. Em todas as outras o Time de Periçá teve férias forçadas e fechou o ano sem jogar.
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Na temporada de 2005 o Remo levantou a taça da competição e em 2008, o clube jogou a Série C após ser rebaixado. Naquele ano, 63 clubes disputaram a Terceira Divisão, com o Leão terminando na 28ª colocação na classificação geral e sendo eliminado na segunda fase. Como a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) criaria a Série D em 2009, o Remo acabou tendo que disputar a vaga no Brasileirão no campeonato estadual, mas não conseguiu e iniciou um período difícil do clube que durou até 2015, quando retornou para a Série C.
A volta após acesso
Em 2016 o Remo montou um elenco que tinha como seu principal líder o meia Eduardo Ramos, além de jogadores experientes como o goleiro Fernando Henrique, atletas remanescentes do acesso à Série C, porém o Leão terminou o Brasileiro na primeira fase. O clube conquistou 25 pontos, na 5ª colocação, ficando de fora da disputa do mata-mata, na gestão do presidente André Cavalcante.
Drama
Em 2017 já na gestão de Manoel Ribeiro, o Remo brigou para não cair. A equipe teve um orçamento bem abaixo, com muitos jogadores regionais e não conseguiu performar bem no Brasileiro. O Leão ficou na 7ª colocação no grupo A (Norte-Nordeste), com 21 pontos, se livrando do rebaixamento na penúltima rodada, após empate com o Moto Club-MA em 1 a 1, no Maranhão (MA).
"São Vinícius"
A temporada 2018 que poderia ser de classificação e briga pelo acesso, mais uma vez foi um “calvário” para o torcedor azulino. O time não conseguiu fazer uma boa Série C, teve quatro técnicos na temporada (Ney da Mata, Givanildo Oliveira, Artur Oliveira e João Nasser, o Netão). Goleiro Vinícius ganhou status de ídolo e o Remo se livrou do rebaixamento na penúltima rodada, após vencer o Salgueiro-PE, por 1 a 0, fora de casa. O Leão fechou o ano na 6ª posição com 22 pontos.
"Flanelinha?"
O ano de 2019 o Remo já contava com uma nova gestão, onde saiu Manoel Ribeiro e entrou Fábio Bentes. Nesta temporada Remo, Paysandu e Atlético-AC, únicos clubes do Norte, jogaram pelo Grupo B, junto com equipes do Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil. O Remo passou praticamente a competição toda dentro do G-4, porém, nas últimas rodadas o clube deixou a zona de classificação e o que é pior, viu o seu maior rival se classificar ao empatar o clássico contra o Paysandu em 1 a 1, no Mangueirão. Neste ano o Remo ficou 27 pontos, 5ª posição no seu grupo.
Tudo azul
Em 2020 com o Remo um pouco mais estruturado e ainda sem o Baenão, as coisas deram certo. A única vez em que o Leão passou de fase, já neste formato da Série C, terminou com o clube paraense conquistando o acesso à Série B. Comandado pelo técnico Paulo Bonamigo, mesclando a experiência de Vinícius, Marlon, Mimica, Eduardo Ramos e Felipe Gedoz, com a juventude de Wallace e Hélio Borges, o Leão subiu no quadrangular final em cima do seu maior rival, o Paysandu, após vitória por 1 a 0, em meio à pandemia de covid-19. O Remo decidiu a competição com o Vila Nova-GO, mas acabou ficando com o vice-campeonato.
Retorno dolorido à Série C
Após passagem rápida pela Série B em 2021, o Remo acabou rebaixado e voltou a jogar a Série C em 2022. E o Leão mesmo com salários sem atraso e com uma folha salarial alta, não conseguiu desempenhar um bom futebol e ficou pelo caminho na primeira fase, fechando na 12ª posição com 26 pontos conquistados, longe do G-8.
Último da gestão Bentes
No ano passado o “filme” se repetiu no Baenão. Em seu último Brasileirão na sua gestão, Fábio Bentes montou um time caro, mas que dentro de campo não conseguiu retorno algum. O Remo tropeçou mais uma vez em suas próprias pernas e terminou a Série C ainda na primeira fase, brigando para não cair e na última rodada apenas cumpriu tabela em Belém, diante do seu torcedor, terminando a primeira fase na 11ª colocação.
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