Ricardo Catalá fala em nervosismo do time na eliminação do Remo: 'O gol cedo desestabilizou a gente'
Na visão do técnico remista, a saída precoce da Copa do Brasil poderia ser evitada se o time soubesse se portar em campo conforme os treinos exaustivos antes da estreia
O novo episódio frustrante na história azulina, na visão do técnico Ricardo Catalá, foi materializado graças à falta de maturidade do elenco. Nas palavras do treinador, a derrota por 1 a 0 para o Porto Velho expôs uma deficiência que persiste em atrapalhar o time em momentos decisivos e acaba por comprometer qualquer reação à altura, sobretudo diante de uma oportunidade valiosa, como é a Copa do Brasil, que, além da projeção, premia os times classificados com gordas cotas financeiras. A saída precoce tirou do clube R$ 945 mil.
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"A gente não fez um jogo à altura. O gol cedo desestabilizou a gente, ficamos muito incomodados e nervosos. Faltou tranquilidade para que a gente pudesse tomar as melhores decisões, principalmente no último terço. Chegamos com volume no primeiro e no segundo, mas esse nervosismo atrapalha e, mais uma vez, tomamos um gol bobo. Uma bola em que o adversário está de costas, falta desnecessária e uma bola treinada pra caramba nos últimos dias. Bola parada é o que mais temos treinado e infelizmente isso aconteceu", disse o treinador, numa clara crítica a Nathan, que fez a falta em Fagner, dando origem ao único gol da partida.
Apesar do tremendo vacilo, Catalá não enxergou em seus comandados uma postura "perdida". "Eu discordo que o Remo não se encontrou no primeiro tempo. Finalizamos 11 vezes. O que faltou foi mais capricho, competência. Tivemos duas bolas na trave e o goleiro deles numa tarde bastante feliz. Novamente, time nervoso, faltou tranquilidade para fazer, com volume, sobretudo nos 15 minutos finais. Precisamos ser mais competentes com as oportunidades que a gente cria", reforça.
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Sem a Copa do Brasil, o Leão Azul volta suas atenções para o Campeonato Paraense, não sem antes dar uma satisfação ao torcedor, seja o próprio técnico ou o elenco. "Eles têm que ser capazes de suportar a cobrança e entregar mais. Não falta nada para nós, não faltam condições para entregar o que podemos. A gente precisa competir e evoluir mais; se não tivermos disciplina, respeito, os objetivos vão ficar pelo caminho, como ficou hoje, num momento em que a gente poderia avançar".
Por fim, o treinador azulino deixou claro que o time precisa mudar sua postura em campo, sobretudo porque as últimas formações do time não têm apresentado tantas mudanças. Para ele, o que falta é o famoso "capricho" na hora de finalizar. "Não tivemos tantas mudanças. Foram duas. Optei por colocar o Renato no lugar do Jaderson, ele é mais alto e ajudaria na bola parada. O Ytalo viajou no sacrifício, por causa da panturrilha. A gente criou muito, trabalhou pra caramba, mostrou vídeo, pedimos para evitar fazer falta e jogar para escanteio, mesmo assim fizemos essa falta boba. Não foi uma bola batida com força, faltou ser agressivo nesse momento", encerra.
O Clube do Remo volta os olhos para o Campeonato Paraense, onde enfrenta o Águia no próximo dia 25, no Baenão. O time é o terceiro colocado na tábua classificatória, com 10 pontos.
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