Remo: 'Dia 12 acaba a era do pitaco', diz Renan Bezerra em entrevista ao Último Lance
O candidato à presidência do Clube do Remo, representante da chapa 'Frente Azulina', conversou com os jornalistas do Grupo Liberal
Com um discurso afiado e várias propostas, o candidato à presidência do Clube do Remo, Renan Bezerra, participou do vídeocast Último Lance, na noite desta segunda-feira (30). Renan, que integra a chapa "Frente Azulina" falou sobre as propostas que pretende implementar no clube caso seja o vencedor do pleito, marcado para o próximo dia 12. Entre outras coisas, Renan diz que pretende acabar com a "Era do Coleguismo", que segundo ele, se institucionalizou em todas as esferas do clube na atual gestão.
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Renan Bezerra foi conselheiro por duas vezes e atuou no marketing do Remo desde 2019, mas rompeu com a atual diretoria para concorrer ao cargo. Se eleito, Renan garante uma transformação total no departamento de futebol, que, segundo ele, será "100% profissional". Para ele, o clube precisa ter uma divisão de funcionamento mais adequada.
Confira a entrevista completa:
"Além do presidente, vice e executivo, teremos o Cifut, o Centro de Inteligência de Futebol. Hoje o clube tem uma venda nos olhos na hora de contratar. Temos um analista de desempenho onde o garoto tem uma sala para trabalhar. Como eu vou cobrar dele que analise os adversários, analise o mercado? É impossível. mesmo com boa vontade não dá. Ele não tem nem sala. Vamos integrar o Cifut ao futebol", garante.
SAIBA MAIS
A medida, segundo ele, vem para quebrar uma estrutura que hoje não beneficia o Remo. "O treinador quando chega traz o analista e o analista indica o atleta. E quando ele traz, o clube não tem nenhuma referência do atleta. Se o analista do treinador diz que tá bom, tá bom". Nesse contexto, o candidato acredita que o clube precisa de um aporte robusto já neste final de ano.
"O futebol começa no final do ano, porque a gente precisa de um montante de 2 a 3 milhões só para movimentar a engrenagem. Temos que pagar a folha de novembro, dezembro, 13º e montar um elenco, passagem, tudo o que envolve o futebol, só neste final de ano. Para o Parazão, a gente calcula algo em torno de um milhão para a folha do futebol,, com um aumento a partir de maio, quando inicia o Campeonato Brasileiro. Temos que começar os campeonatos com um time mais robusto".
Em relação a SAF, Renan foi taxativo e disse ver na ideia uma boa oportunidade, desde que o clube esteja reformulado, atraindo investidores que reconheçam o peso da centenária agremiação esportiva.
"Se você pegar toda a estruturação do nosso projeto, ela dispõe preparar o clube para uma possível SAF. Buscamos estruturar isso desde a concepção do nosso projeto. Os clubes brasileiros encaram a SAF como solução financeira de curto prazo. Aí o clube se endivida todo, então já começa tudo errado. E eu não consigo fazer isso se começo avacalhando. A situação hoje do futebol é pouco atrativa. A gente precisa se recolocar melhor no cenário do futebol para ter valores mais compatíveis com a tradição do clube. Hoje, as propostas que devem chegar aqui não condizem com a realidade. Se tiver uma proposta condizente nós vamos analisar. Tudo depende do contexto onde chegue a proposta”, encerra.
O próximo entrevistado do Último Lance será o candidato da situação Antônio Carlos Teixeira, o "Tonhão", da chapa "Remo Mais Forte".
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