Remo: Catalá cita dificuldade na montagem do elenco, experiência de jogadores e analisa mercado
Técnico Ricardo Catalá falou das contratações feitas pelo Remo, pré-temporada, amistoso e preparação dos atletas para encarar o Parazão 2024
O técnico Ricardo Catalá falou das dificuldades na montagem do elenco do Remo para 2024. O treinador iniciou a pré-temporada nesta semana e, diferente desse ano, quando chegou com a Série C em andamento, tem a possibilidade de participar de todo o processo. O comandante azulino ressaltou alguns pontos do clube, como estrutura, dificuldade para contratar, amistosos, além do goleiro Vinícius, ídolo do clube e que possui contrato findando com o Remo após o término do Parazão.
Ricardo Catalá concedeu coletiva à imprensa e ressaltou as dificuldades que o clube possui em trazer jogadores. O comandante azulino citou a dificuldade de jogar o Parazão, principalmente nas primeiras rodadas, preparo físico e a preocupação em não perder atletas.
Parazão e atletas que estavam em divisões superiores
“Quando buscamos atletas de divisões acima, temos que respeitar os 30 dias [de férias]. Não temos o poder de mudar, mas o importante é que quando eles cheguem dia 2, eles cheguem bem. Sabemos que as primeiras rodadas do estadual serão difíceis por questões físicas, mas tudo caminha bem”, disse.
Remo x Mirassol
“Acho que não dá pra comprar porque são clubes com níveis de exigência diferentes. Só posso dizer que a história que vivi no Mirassol foi linda e de vitórias. Nosso grande objetivo é colocar o Remo na Série B e estamos trabalhando pra isso”, falou.
Sinal de alerta sempre ligado
“O futebol te mantém 24 horas alerta e tem suas emergências, mas eu tô feliz com o caminho que estamos tomando. Não tem sido fácil montar o elenco, porque os atletas preferem uma divisão acima. Às vezes a gente tem o dinheiro, mas o atleta busca uma divisão acima. Apesar disso, tenho ficado contente com a nossa montagem. Teremos melhor noção do elenco após as festas de fim de ano, quando alguns jogadores voltam das férias”, falou.
Goleiro Vinícius
“A gente também tem o Léo [Lang] e o goleiro da base, que vamos subir. Essa tá com o treinador de goleiros que vai dialogar e analisar. Teremos quatro goleiros, aí será direito de igualdade. Onde se conquista a titularidade é no treino. Sobre o Vinícius eu não vejo necessidade desse assunto [saída ou não] permear os próximos meses, porque pra mim é prático, ele tem contrato. Se vai renovar, eu não sei, porque não depende de mim, depende da direção do clube e do jogador. Esses interesses precisam ser discutidos. Ele segue conosco, por enquanto, treinando como qualquer atleta”, comentou.
Análise do mercado das contratações
“Sempre podia ser melhor, mas eu sou satisfeito com o que temos. Temos uma forma de trabalhar em cima do diálogo, com uma equipe de analistas no mercado. Chega a indicação de um jogador, a comissão avalia o atleta, o departamento de análise também, nós discutimos e vemos se há um interesse. Depois passamos pra direção, pra saber se há uma viabilidade financeira e decidimos que contratamos ou não. Dez cabeças pensam melhor do que uma. Outra coisa, não temos bola de cristal pro futuro. Quando montamos um time só pro treinador, há intercorrências que podem acontecer e o Remo é maior do que eu ou qualquer pessoa. O planejamento é contemplar as necessidades do clube e não do Ricardo Catalá”, frisou.
Criar uma identidade no time
“Não fiz nenhuma partida pelo Remo no estadual. As pessoas me informam, principalmente as que são do Estado, que precisamos nos adaptar. Obvio que queremos vencer sempre, mas estamos muito preocupados em desenvolver uma identidade que vá nos sustentar pro objetivo maior. Pode ser que a gente jogue feio e vença, mas pode ser que a gente jogue bonito e não vença. O que precisamos fazer é desenvolver uma identidade”, comentou.
Dificuldades na contratação
“Tem sido difícil pra contratar, não só pra nós, mas como pra todo mundo. Nós estamos mirando lá em cima, de jogadores acima da divisão. Talvez tenhamos fechado com algum jogador, mas não posso anunciar ainda. O que eu posso te dizer é que estamos procurando fazer o melhor, pra jogadores que performem o ano todo. Só vamos abrir mão agora de um jogador e trazer depois do estadual só se não conseguirmos mesmo. A prioridade é trazer jogador pro ano todo”, disse.
Experiência no elenco
“O jogador mais experiente vai pegar esse mais novo e dizer o melhor caminho. Esse tipo de interação faz com que os jovens se adaptem e cresçam mais e que os mais experientes ditem as regras internas, de comportamento. Acredito na troca. O mais experiente tem muita coisa a ensinar e o mais jovem também. Gosto de trabalhar assim, porém todos os atletas experientes que trouxemos nós tivemos um cuidado pra entender a vida desse cara fora do campo”, disse.
Nivelamento dos atletas
“No começo é impossível colocar todos no mesmo patamar, mas a nossa estratégia é, diferente do que vinha sendo feito, estamos equalizando desde a pré-temporada alguns protocolos internos. Agora eles chegam mais cedo no estádio, fazem uma triagem, depois um pré-treino, pra depois começar a atividade pra valer. Esses testes dão ao preparador físico a possibilidade da comissão avaliar os planos pra cada um. Dentro desse plano individual, os jogadores vão evoluindo pra estarem todos do mesmo nível”, comentou.
Amistoso
“Sim, se possível nos dias 13 ou 14 de janeiro. Mas tudo depende do adversário. Não vou viajar 3 ou 4 horas de ônibus pra desgastar jogador. Claro que queria fazer mais jogos, mas não é a realidade aqui hoje. A minha ideia é fazer um jogo, rodando todo mundo, controlando carga. Não quero perder um jogador por lesão”, finalizou.
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