Remo: Após 8 meses fora, atacante revela propostas para sair e pensou em parar de jogar
Atleta Pedro Vitor passou por cirurgia que o afastou por mais de oito meses do futebol. Atacante é uma das opções do técnico Gustavo Morínigo para as finais contra o Paysandu
Após 8 meses da lesão no clássico contra o Paysandu pelo Brasileiro da Série C, o atacante Pedro Vitor pode ser uma das opções do técnico Gustavo Morínigo no time do Remo, no primeiro jogo da final do Campeonato Paraense, neste domingo (7), às 17h, no mangueirão. O jogador já retornou aos gramados, jogou a semifinal contra a Tuna e falou da recuperação, da família, dos momentos difíceis longe dos gramados e da intenção emparar de jogar de futebol, após mais uma lesão.
Pedro Vitor saiu muito jovem de casa para jogar futebol e relembrou situações que viveu longe da família, pelo sonho em ser jogador. O atacante relembrou as dificuldades em casa e falou de seus anseios em dar o melhor aos familiares.
“Desde a minha juventude sempre carreguei uma responsabilidade comigo, sempre fui muito família, em querer ajudar, dar o melhor. Sai de casa com 13 anos, do interior de Alagoas (AL) e fui para São Paulo (SP), tive que amadurecer rápido para minha mãe e meu pai, de ter experiência, jogar fora. Sempre tive uma base familiar muito boa, minha mãe, meu padrasto, ele entrou na minha vida quando tinha um ano de idade. Meu pai largou minha mãe, não conheço ele até hoje, sou cristão e perdoo ele pelo que fez com a minha mãe, mas não tenho vontade de o conhecer. Meu padrasto fez de tudo para não faltar nada para meu irmão e para mim e eu quero ser esse cara para o meu filho e para os que estão próximos de mim”, disse.
Começou com lateral
Atacante de ofício pela direita, mas iniciou no futebol atuando pela lateral-esquerda. Pedro Vitor comentou sobre o início da carreira e como se adaptou a jogar em várias posições.
“Não desaprendi a marcar, ano passado ajudei muito na marcação, já joguei de volante, de meia e atuei mais de lateral-esquerda e ponta. No Sport-PE mudei várias vezes de posições e subi para o profissional assim. Os treinadores viram qualidades em mim e me botaram também na direita, para eu armar jogo, dar um passe e finalizar”, comentou.
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Gustavo Morínigo e jogadores
O atacante azulino sabe da pressão que é atuar com a camisa do Remo e revelou que é algo difícil. Para Pedro Vitor, não são todos os atletas que conseguem desempenhar um bom futebol em Belém, além de ter elogiado a forma como Morínigo, técnico que chegou para o lugar de Ricardo Catalá, se adaptou rápido ao clube.
“Tem que saber jogar aqui. Tem jogador que chega aqui e não consegue atuar, que vai para outro clube e arrebenta. Envolve muitas coisas, a torcida grande, a cobrança grande. O técnico chegou em Belém e rapidamente ter se adaptado aqui, ao estilo do futebol, encaixou com uma luva no time, não que os outros não tenham encaixado, mas ele chegou e está dando uma resposta rápida e isso é muito bom pra gente”, frisou.
Propostas para deixar o Remo
O jogador teve propostas de outros clubes no momento em que se recuperava da cirurgia, mas afirmou que o desejo era ficar no Remo ou voltar para o Fortaleza-CE, clube que detém seus direitos federativos.
“Sempre tive a vontade de ficar no Remo, sempre foi uma prioridade minha e sou um cara muito verdadeiro. Falei para os meus empresários, apareceram algumas propostas, mas falei que, se não fosse no Fortaleza-CE, minha prioridade seria o Remo. Aí apareceram outras propostas e graças a Deus acertamos e pude voltar à minha casa”, finalizou.