Quadro Tático: saiba como o Remo pode se defender da bola aérea, vilã da pré-temporada

“Calcanhar de Aquiles” azulino está entre os focos do trabalho de Marcelo Cabo na semana antes da estreia no Parazão.

Caio Maia
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Os três empates do Remo em amistosos preparatórios para o Campeonato Paraense parecem ter um grande vilão em comum: a bola aérea defensiva. Nos confrontos contra Caeté, Bragantino e Cametá, o Leão Azul sofreu gols após ser vítima de jogadas com bolas alçadas na área. O "calcanhar de Aquiles" azulino, inclusive, já está entre os focos de trabalho do técnico Marcelo Cabo.

No domingo (5), dia do aniversário do clube, o Leão encara o Independente de Tucuruí, no Baenão. Para que a equipe azulina não faça um papelão no jogo festivo, Cabo tem corrido contra o tempo para deixar o sistema defensivo pronto para a estreia do Parazão. Segundo apuração do jornalista Carlos Ferreira, o treinador acredita que falta uma "voz de liderança" na defesa remista.

No entanto, a análise dos gols sofridos pelo Leão nos amistosos traduzem falta de outro componente fundamental nos esquemas defensivos: a sincronia. Veja a análise feita pelo Quadro Tático.

Gols dissecados

Seja em bola parada ou rolando, a defesa do Remo tem se complicado com jogadas de bola aérea. Em todos os gols sofridos em amistosos, um problema pareceu evidente: sempre houve um jogador adversário sozinho na jogada. Confira:

Gol contra o Caeté

Ao contrário dos demais, o gol sofrido contra o Caeté ocorreu numa "segunda bola", quando um jogador escora a para o meio para um companheiro completar para a meta. A grande falha esteve na marcação antes do lançamento. O Leão optou pelo acompanhamento homem a homem, mas um jogador do Caeté havia "sobrado" na jogada.

Gol contra o Bragantino

Único dos gols sofridos pelo Remo de jogada aérea que não foram originados de bola parada. O cruzamento do ataque do Bragantino foi antecipado, confundindo a zaga azulina. O defensor seguiu a bola, deixando o atacante adversário livre para cabecear pro gol.

Gol contra o Cametá

Assim como no lance contra o Caeté, a defesa azulina marcava individualmente, mas um jogador do Cametá "sobrou" na jogada. Atacante ainda contou com a saída errada do gol de Zé Carlos para completar pra meta vazia.

Técnicos "defensivos" usam sincronia

image Tite e Carille usaram sicronia nas bolas aéreas defensivas quando treinaram o Corinthians (Daniel Augusto Jr/Ag.Corinthians)

O posicionamento defensivo durante uma jogada aérea deve parecer um "balé". É importante que todos os jogadores estejam sincronizados (antes e depois da batida) para que consigam se proteger dos perigos da bola alçada na área.

Treinadores conhecidos por montar sólidas defesas utilizam a sincronia para nortear a proteção de jogadas de bolas aéreas. Fábio Carille, técnico campeão brasileiro com o Corinthians de 2017 e dono da melhor defesa do torneio daquele ano, diz que aprendeu a estratégia quando era auxiliar de Tite.

"O Mano (Menezes) iniciou isso, depois o Tite só deu continuidade. Tem pouquíssima diferença no modo de pensar e trabalhar nessa questão das faltas laterais, é muito parecido mesmo", disse em entrevista o blog do jornalista Leonardo Miranda, no GE.

Vale lembrar que quando foi treinado por Tite, o Corinthians também teve a melhor defesa do Brasileirão (2011 e 2015).

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