Paralisação: Marlon reforça preocupação do Remo com calendário até a Série C
Zagueiro do Leão lamenta decisão de interromper o Campeonato Paraense e prevê aperto de datas durante o começo do Brasileiro
A paralisação do Campeonato Paraense mexeu com o planejamento de todas as equipes classificadas às quartas de final da competição. No caso do Remo, a principal preocupação é sobre o caminho até a Série C do Brasileiro. Mesmo que agora signifique mais descanso e tempo para ajustes, lá na frente o calendário ficará apertado, com dois ou mais compromissos por semana para compensar o tempo perdido agora.
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“A gente sabe que temos muito mais treinos para fazer, o professor Bonamigo vai procurar ajustar ainda mais a equipe para que a gente possa, dentro dos jogos, desenvolver o melhor futebol. Mas, sobre a paralisação, a gente sabe que isso atrapalha um pouco, o calendário fica muito mais apertado até a estreia na Série C”, avaliou o experiente zagueiro Marlon.
O capitão do time remista ainda ponderou que isso causará, também, menos tempo de qualidade para se entrosar com as possíveis novas contratações que serão feitas visando o Brasileiro.
“A gente sabe que vão chegar jogadores novos e, com esse aperto, a gente não vai ter tanto tempo para trabalhar com eles. Mas o professor vai procurar administrar da melhor maneira possível para que a gente possa se entrosar rápido com os jogadores novos que vão chegar e, na estreia da Série C, todo mundo possa estar no mesmo nível e a gente possa formar uma equipe muito forte”, projetou Marlon.
De acordo com a tabela básica divulgada pela CBF, a Série C do Brasileiro está programada para começar no final de semana dos dias 9 e 10 de abril.
Problemas no Parazão
Aos 36 anos e com muita rodagem no futebol, inclusive no próprio paraense, Marlon revelou estar surpreso com a desorganização do Parazão. Mudanças repentinas de datas, equipes sem estádios para jogar e estádios com péssimos gramados foram os principais problemas, além, agora, da paralisação do torneio por uma situação envolvendo Paragominas, Bragantino, Itupiranga e o próprio Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA).
“Eu, particularmente, estou muito triste pelo que vem acontecendo no nosso estadual. Eu até cheguei a conversar com o nosso presidente e com o Bonamigo sobre essas questões. Os estádios, hoje, não estão ajudando o nosso futebol. A gente sabe que a gente tem um time tecnicamente muito muito bom, mas com os estádios, com os gramados [ruins], a gente não está conseguindo desenvolver. Vamos continuar treinando aí, esperar ver o que vai acontecer para que possa resolver logo isso e a gente possa voltar para o campeonato, possa fazer grandes jogos e dar alegria ao nosso torcedor”, concluiu Marlon.
Até o momento, o Remo não sabe quando volta a campo. O clube aguarda decisão do TJD sobre o caso envolvendo o volante Hatos, do Bragantino, que teria disputado o Parazão de maneira irregular. O julgamento está agendado para a próxima terça-feira, dia 15.
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