Novo técnico do Remo cita esquema de jogo, elogia elenco e revela características de trabalho; vídeo
Gerson Gusmão falou os motivos de ter deixado o Botafogo-PB e elogiou estrutura remista e sonha com um trabalho longo no Leão Azul de Antônio Baena
A chegada de Gerson Gusmão ao Baenão nesta quinta-feira (23) foi com a reabertura da sala de imprensa e cheia de revelações. O novo técnico azulino falou os motivos de ter trocado o Botafogo-PB pelo Remo e afirmou que o único clube que o faria deixar o Belo seria o Remo, além de citar características de como costuma trabalhar, elenco e formatação do time.
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“Agradeço ao Fábio Bentes e a toda a direção. O Remo é um clube gigantesco, em que todo profissional que busca coisas grandes em seu currículo, pensa em trabalhar em uma equipe como o Remo. Eu coloquei isso para o presidente [do Botafogo-PB], que se existia alguma equipe que me faria sair do projeto, essa equipe seria o Remo. Muito feliz, ciente do que eu espero aqui, de como é trabalhar e viver o Remo intensamente, mas com uma vontade de trabalhar enorme. É uma honra estar à frente do Remo”, disse.
Primeiro treino
Além de conversar com todos os atletas, Gerson Gusmão teve um papo em off com o goleiro Vinícius e o meia Anderson Paraíba, meia com quem já trabalhou no Botafogo-PB. O novo comandante azulino deu detalhes de como foi o primeiro trabalho no Remo e elogiou a qualidade do elenco.
“Já conhecia alguns jogadores, uns de ter trabalhado e outros de acompanhar, mas não tem nada que o dia a dia para dar o que você precisa saber, como caraterística, intensidade e individualidade de cada atleta. O primeiro contrato fizemos um em um campo mais aberto, para deixar eles o mais próximos possíveis das ações que são feitas em jogo. Temos pouco tempo de trabalho, com uma viagem longa, por isso resolvemos trabalhar em dois períodos para poder ter um contato maior com os atletas. É um elenco rico, qualificado e vamos trabalhar para contribuir no que for preciso ser ajustado e que a equipe fique mais competitiva e buscar uma colocação boa e uma classificação para a próxima fase”, comentou.
Futebol na veia
Sem tempo a perder, Gusmão passou a madrugada analisando como seria o trabalho desenvolvido na sua chegada, métodos e como aplicá-los. O técnico falou sobre como encara o futebol, a forma como se dedica e como isso poderá ajudar o Remo na Série C.
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“Vivo muito o futebol, cheguei às 23h em Belém, a última vez que olhei o relógio já eram 3h30 da madrugada e estava montando e planejando o que seria feito no treino. Eu tenho essa característica, viver intensamente tudo que eu faço e não poderia chegar em uma grande agremiação e não saber nomes de atletas. Muitos deles têm histórias ricas no futebol, a impressão foi boa, priorizando posicionamento, padrão tático, gosto da minha equipe organizada, gosto de estudar os adversários e poder passar essas informações. Detectamos algumas coisas que podemos melhorar e vamos trabalhar para isso”, contou.
Mudanças
Em relação às últimas escalações do Remo aplicadas na gestão de Paulo Bonamigo, Gerson Gusmão foi cauteloso e prefere observar mais o elenco para que possa fazer eventuais mudanças, tanto no esquema tático, quanto nos jogadores.
“O futebol exige ações rápidas, não sou um treinador que vou lamentar o que não tenho, vou procurar as funções, mesmo com pouco tempo, vou analisar, ouvir algumas que possuem essa vivência do clube para me repassar dados de atletas e de como eles estão nos últimos dias e aí passará pela nossa escolha".
"É muito cedo ainda, não tem como. Seria injusto da minha parte chegar hoje e falar que a equipe titular será diferente ou não, mas vamos colocar nem que seja um pouquinho do que pensamos para o futebol, já nesse primeiro jogo”, afirmou.
Motivos
Muito se falou os motivos pelo qual o técnico Gerson Gusmão deixou o Botafogo-PB, um time consolidado no G8, com um tempo grande de trabalho e estabilizado na competição, para um Remo em crise e fora da zona de classificação. Gerson afirmou que o clube era algo que já sonhava em comandar, citou o desafio em crescer e subir com o Remo, além de querer deixar um legado no clube.
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“O Remo passou um bom tempo com muitas dificuldades, mas se reestruturou, organizou muito e isso atrai profissionais que gostam dessa linha de trabalho, possui uma torcida que dispensa comentário, o grupo de atletas, analisei muito detalhadamente tudo que eu encontraria aqui, elenco muito qualificado. Foram esses os atrativos que me levaram a sair de um clube que eu já tinha um trabalho mais consolidado, mas eu sou um profissional que aceito desafios, esse é um deles e me preparei muito para estar à frente de um clube como o Remo e fazer de tudo para ajudar o clube a crescer no que for possível”, disse.
Modelo de jogo
Gusmão revelou algumas formações que costuma usar, mas garante que isso pode mudar, de acordo com o que ele possui no elenco. O comandante remista também falou sobre características que quer do time, mas afirma que passá-las aos jogadores, em tão pouco tempo, é algo difícil.
“Gosto que a minha equipe fique muito com a bola, tenha a posse de bola, com uma marcação agressiva, que pressione a saída de bola adversária e que passe a maior parte do jogo no campo adversário. Existe uma diferença entre pensar nisso, gostar disso e fazer com que os jogadores façam isso em campo. Isso demora um certo tempo para repassar isso aos atletas. Gosto de jogar em uma linha de quatro, utilizei três zagueiros por necessidade, mas não é uma formação que tenho como principal, agora também sou um profissional que analiso o elenco e procuro explorar aquilo que temos de melhor. Não abro mão de dois atacantes, gosto de jogar com um mais centralizado e um de velocidade. Muitas vezes atuo com três atacantes, dentro das possibilidades e estratégias de jogo, outras vezes com um volante com mais contenção e outros dois com mais qualidade, talvez dois volantes e um meia”, finalizou.
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