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Na coletiva pós-jogo, Papellin explica razões para demissão do técnico do Remo

Ricardo Catalá sequer passou pela sala de imprensa do Baenão; no lugar dele, o executivo de futebol conversou com a imprensa sobre a decisão de mandar o técnico embora

Luiz Guilherme Ramos
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Após o empate contra a equipe do São Francisco, a 10ª colocada no Campeonato Paraense, o executivo de futebol do Remo, Sérgio Papellin, tomou o lugar do técnico Ricardo Catalá e concedeu a tradicional entrevista coletiva pós-jogo. Sentado diante dos jornalistas, o dirigente disse o que todos já esperavam: Ricardo Catalá não segue no comando do time, após sucessivos fracassos em campo, que, aos poucos, foram tornando impossível sua passagem por Belém do Pará.

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"O pior momento que existe para mim, no futebol, é esse, quando a gente tem que interromper um trabalho. Depois do jogo fui comunicado pela diretoria, o presidente, o vice, que não tínhamos mais condições de continuar com o trabalho do técnico Ricardo Catalá. Os resultados não estavam acontecendo e essa mudança se tornou inevitável", iniciou o executivo, que lamentou o fracasso de seu comando técnico.

"Seguramos devido à pessoa que ele é, pelo trabalho sério, mas infelizmente, em clube grande, você não pode se omitir. Você precisa tomar as decisões que precisa tomar. Após o jogo em Rondônia fomos muito pressionados e achamos que ainda não era a hora. Hoje, no entanto, não foi possível. Tivemos muitas chances, mas o futebol é ingrato. Ainda asim, acho que a arbitragem foi injusta conosco. Infelizmente vamos interromper o trabalho com o Ricardo e agora é tratar da parte burocrática".

Embora a intenção já tivesse sido estudada desde a eliminação na Copa do Brasil, Papellin garantiu que não estava no mercado, preferindo confiar numa reviravolta que não aconteceu.

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"Em nenhum momento eu consultei algum treinador em respeito ao nosso profissional, além de que, esse mercado é difícil. Depois dessa saída, no entanto, eu tenho certeza que devo receber umas 50 ligações com indicações de treinador. Mas temos que traçar o perfil do técnico que queremos, o modelo de jogo, porque o Remo é um clube de tradição, onde treinador que jogue na retranca não se cria. Queremos um treinador que proponha o jogo, controle a partida, jogue ofensivamente. É assim que queremos e vamos garimpar no mercado".

Até o anúncio de um novo treinador, o Clube do Remo seguirá com uma comissão técnica "caseira", para o último confronto pela primeira fase do Parazão, contra o Bragantino, no próximo domingo.

"Vamos trabalhar com a comissão que temos em casa. Mariozinho, Agnaldo, Rafael. Já chegou o Daniel, em um momento turbulento. Vamos em busca de um novo técnico. Nós contratamos bons jogadores, que jogariam a Série B fácil, mas nem sempre, quando se junta bons jogadores, você consegue dar liga, encaixar. Aí quando não consegue, você tem que alternar até encontrar a formação ideal. Não conseguimos evoluir, fazer bons jogos. Futebol é como um espetáculo, é preciso vencer e convencer a torcida", apontou.

O dirigente, por fim, explicou os motivos que levaram a gestão azulina a segurar Catalá no cargo após a eliminação na Copa do Brasil, para o Porto Velho-RO, mas interromper o vínculo agora, apenas uma semana depois.

"Em Rondônia enfrentamos um adversário que era bem abaixo da nossa equipe, que conseguiu achar um gol e nós não conseguimos achar, como achamos hoje [quarta-feira, contra o São Francisco], quando nós criamos tantas chances quanto lá em Rondônia. Mas, assim, a diretoria acha que a equipe, nesses jogos, como contra o Águia, teve muita vontade, mas o futebol que apresentamos hoje não foi o que a gente esperava de evolução, então, por isso, a diretoria mudou de ideia a respeito da saída dele", concluiu Sérgio Papellin.

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