Jogadores que conquistaram o acesso com Remo lamentam a saída de Netão: 'O Remo perde muito'
O zagueiro Mimica e o atacante Wallace, que subiram com o Remo, falaram da relação com Netão e da importância dele no clube
O Remo não terá mais João Nasser, o Netão, em sua comissão técnica permanente. O profissional foi desligado do clube na semana, após reunião com a diretoria do clube. Com mais de 30 anos de serviços prestados ao Remo e ex-jogadores que trabalharam com o técnico, avaliaram o trabalho de Netão e lamentaram a saída do profissional.
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A equipe de O Liberal conversou com dois jogadores, um deles é o jovem atacante Wallace, cria do Netão. O treinador fez parte da formação de Wallace como atleta, ainda na base e teve passagem no profissional do Remo e posteriormente no Santa Rosa, pela Segundinha. Além de Mimica, zagueiro experiente, que viu surgir técnico em um momento delicado do Remo em 2018.
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O defensor Mimica, de 37 anos, e que atualmente joga pelo Independente de Tucuruí, lamentou a saída de Netão do Remo. Para Mimica, o clube azulino perde muito com a ausência dele e citou momentos importantes de Netão à frente do Remo, tanto na luta contra o rebaixamento em 2018, quanto na conquista do acesso a Série B em 2020.
“O Remo perde muito com a saída de um profissional qualificado. Ele um profissional que estuda muito o futebol, vejo como uma perda. Em 2018 o Remo pude viver um momento complicado com o Remo, trocas de treinadores e a solução estava em casa. O Netão conseguiu contornar os problemas, era da casa, sabia como as coisas funcionavam. Ele conhece o futebol paraense como ninguém, até brincava, e falava que ele ‘conhecia todos os atalhos do futebol paraense’. Trabalhou com o Bonamigo, mesmo com o professor sendo muito experiente e ensinava o Netão, mas o Netão também mostrava os caminhos ao Bonamigo e isso eu pude viver no dia-a-dia. Fiquei triste com a saída de dele, mas sabemos que no futebol temos que estar preparados para tudo. Que Deus abençoe o caminho dele e que logo ele esteja em outro grupo e mostrando seu trabalho”, disse, Mimica.
Professor desde a base, Netão comandou uma safra de jogadores que pôde ajudar o Remo tanto nas categorias de base, quanto no profissional. Um desses jogadores é Wallace, atacante, paraense, que iniciou os treinos com Netão em 2017, ano em que ele foi destaque do clube com mais de 30 gols marcados.
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Wallace, que atualmente está jogando pelo Resende-RJ, relembrou os momentos o lado de Netão, citou a importância do técnico para a carreira e desejou sucesso do amigo na nova caminhada.
“Fomos campeões na base em 2017, fiz 35 vezes no ano pelo Sub-17, fui artilheiro nas duas competições e depois em 2018 ele estava no profissional. Fui ter oportunidade no time de cima mesmo em 2018. Foi um cara que aprendi bastante, inteligente, pelo tempo de convívio e trabalho, sabia como ele gostava que eu jogasse. Trabalhamos juntos no Santa Rosa também na Segundinha deste ano, ajudou bastante e ficamos nas semifinais. Todos que trabalharam com ele gostam da forma como ele trabalhava. Ele me ajudou muito sobre jogar em várias posições, quando eu estava na base jogava de centroavante, no profissional já me ensinou a atuar na ponta. No Santa Rosa a mesma coisa, ele foi importante para o meu crescimento profissional. Desejo sorte na nova jornada dele, pois sei que ele possui capacidade de trabalhar em qualquer clube grande”, finalizou.
Netão chegou a comandar o Remo de forma efetiva em 2018 e 2019. Em 2018, após várias trocas de treinadores e com o Leão à beira do rebaixamento, Netão assumiu o clube e em cinco partidas, conseguiu livrar o clube azulino da queda.
Em 2019, já na gestão do atual presidente Fábio Bentes, Netão permaneceu no cargo, mas após derrota para o Paysandu e eliminação na primeira fase da Copa do Brasil para o Serra-ES, o técnico assumiu a função de coordenador de futebol, atuando como auxiliar permanente do Leão. Mas na atual temporada a diretoria azulina decidiu pela mudança e definiu Fábio Cortez como membro da comissão técnica permanente do Remo. O clube buscou uma nova função para Netão, mas que não foi aceita e o profissional deixou Leão Azul, após ter sido jogador da base, técnico, coordenador, auxiliar e também treinador de futsal e responsável pela transição das quadras para o gramado.
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