Já classificado na Série C, volante Uchôa cita motivos de não renovar com Remo: 'falta de respeito'

Jogador do Ypiranga-RS passou três temporadas no Leão e relembrou momentos que contribuíram para a sua saída do Baenão

Fábio Will
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Cinco temporadas, duas delas pelo Paysandu e três pelo Remo, títulos dos dois lados da Avenida Almirante Barroso, jogos memoráveis, gols importantes e um sentimento de dever cumprido nos eternos rivais. Esse é o volante Anderson Uchôa, de 33 anos, que atualmente defende a equipe do Ypiranga-RS, na Série C. O jogador falou sobre carreira, mágoas, momentos vividos na dupla Re-Pa e revelou como foi a “travessia” do Paysandu para o Remo, os motivos por não permanecer no Leão nesta temporada.

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Uchôa passou três anos no Remo (2021, 2022 e 2023), ganhou títulos, respeito e admiração do torcedor azulino, além de ter sido capitão do time em vários jogos nestas temporadas. Com mais de 100 jogos pelo clube azulino, Uchôa deixou o clube após um ano conturbado no Baenão e afirmou que faltou falta de consideração por parte da diretoria do clube para que ele não continuasse vestindo a camisa do Remo em 2024. Em entrevista ao Canal Nosso Futebol, Uchôa deu detalhes das conversas com a diretoria e falou os motivos de não ter continuado em Belém.

“Foi um pouco de falta de respeito comigo, pelo que eu fiz pelo clube. Por onde passei sempre trabalhei pelo clube, não em mim, sempre foi pelo clube. Achei que foi uma falta de respeito, pois tinha eleição e ninguém poderia tomar uma atitude e entendi, pois ninguém sabia quem seria o novo presidente do Remo e eu tinha que esperar. Se eu não me engano a eleição foi no dia 13 e novembro e o Tonhão venceu. Até o dia 15 eu merecia uma resposta, estive há três anos no clube, por ter sido capitão junto com o Vinícius, por tudo que passei no clube, mais de 100 jogos e ninguém me procurou”, falou.

image Anderson Uchôa defendeu o Leão em três temporadas (Samara Miranda / Remo)

O jogador afirmou que as conversas com a diretoria do Remo foram com seu empresário, mas que muito poderiam ser feitas entre o atleta e a diretoria. Segundo Uchôa, a primeira proposta do Remo era diminuir seu salário e que em três temporadas, o atleta não teve nenhum aditivo salarial.

“Uma semana depois o vice-presidente falou com o meu empresário que tinha interesse, mas senti que ofereceram uma coisa já para eu não querer ficar. Eles queriam baixar meu salário, sendo que não era um salário alto, pelo tempo que estava no clube, renovações e que fiz pelo Remo. Meu empresário disse que 10 minutos depois recebeu uma ligação, para que deixasse o mesmo valor, porém não tive aumento em três anos no clube, não pode aumentar para ficar o quarto ano”, comentou.

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Anderson Uchôa falou argumentou e deu exemplos de jogadores que chegavam ao Remo ganhando muito mais, porém, não jogavam e não deixavam em campo o que o clube precisava. Uchôa afirmou que ficou chateado pela forma como o Remo conduziu a conversa e que a falta de respeito foi algo que pesou na decisão de ficar.

“Estava no Remo e sei que chagavam jogadores ganhando mais, porém sempre tive dentro de mim, que cada um faz seu contrato, pois quem ganha R$ 40 mil, R$ 60 mil ou R$ 100 mil o jogador fez por onde e eu nunca fiquei chateado de atletas ganharem mais ou menos do que eu. Quem ganha muito fez por onde e eu não estava preocupado com isso, porém, a gente dá exemplos, como jogadores em 2022 e 2023 que recebiam mais e que não jogavam. Meu empresário pediu um aumento e queriam baixar o salário. E meu empresário falou que era uma falta de respeito. Quando foi dia depois uma pessoa do Ypiranga me ligou, me repassou a situação do clube, projeto do centenário da equipe e me passou os valores e estou no Ypiranga ganhado a mesma coisa do Remo. Os caras [do Remo] tinham o respaldo de me ligar, não precisava ligar ao meu empresário, me ligava direto e ninguém fez isso”, contou.

image Anderson Uchôa atualmente defende o Ypiranga-RS (Divulgação / Ypiranga-RS)

O volante acredita que o Remo queria fazer a “limpa” no elenco de jogadores mais experientes, porém, as pessoas dentro do clube não tiveram coragem de falar e isso pesou na decisão de mudar de clube, cidade e de projeto.

“Futebol não é algo que você pode esperar muito, não podia esperar a boa vontade do Remo. Os caras queriam dar uma “limpa” no elenco, não sei se alguém do Remo não queria falar isso para mim. Quando foi à noite o Catalá me ligou, mas falei primeiro com a Samara (assessora), que não iria voltar, falei para ela que tinha assinado um pré-contrato. Depois conversei com o Ricardo Catalá, ele falou dessa situação de sair para um time concorrente”, finalizou.

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