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Irmãos enfermeiros criam tradição em conquistas do Remo e viralizam após acesso à Série B

Os irmãos Marquinho Oliveira e Hamilton Oliveira conversara com a equipe de O Liberal, para explicar a comemoração com uma bandeira, que já virou marca registrada, em títulos e acessos do Remo

Fábio Will

Família, futebol, profissão e clube do coração. Uma combinação em que tudo se mistura, com ligações fortes, laços duradouros e que fica exposta de um jeito único e especial. É dessa forma que os irmãos Marquinho Oliveira e Hamilton Oliveira, trabalham há mais de 20 anos e que viralizaram nas redes sociais, após o acesso do Remo à Série B do Campeonato Brasileiro, com uma bandeira empunhada, mostrando todo o orgulho de trabalhar no time do coração.

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Com mais de 30 anos trabalhando no Remo, o enfermeiro Marco Oliveira, o Marquinho, iniciou uma “tradição” no Baenão. Todas as vezes em que o Remo é campeão ou conquista um acesso, ele sai correndo com uma bandeira empunhada. E isso fez com que o enfermeiro ficasse conhecido por vários torcedores azulinos, principalmente pela corrida que fez com a bandeira no acesso do Remo à Série C, na temporada de 2015, contra o Operário-PR, no Mangueirão. Marquinhos comentou como surgiu essa situação e como isso acabou virando uma “cobrança” interna dos companheiros de trabalho.

“Quem vive no clube sabe, somos profissionais, mas também somos torcedores. Quando a fase está ruim sofremos muito mais, na cobrança e também por estarmos aqui dentro. A Série D [2025] foi sofrida, não conseguíamos sair dela e pensei em levar a bandeira, de extravasar, de jogar tudo de ruim do ano e vida nova. Sempre quando acaba o jogo, corremos, abraçamos jogadores e decidi fazer diferente, vou dar uma volta olímpica, no Mangueirão e fiz. E a bandeira marcou e depois passei a ser cobrado para levar a bandeira em finais regionais e jogos decisivos”, disse.

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Entre conflitos de família, bagunças e amor pelo Remo e à profissão de enfermeiro, existe também muito companheirismo entre os irmãos e amor pelo Remo. Marquinho chegou ao Leão em 1992, viu de perto o Remo na Série A e passou pelo momento mais difícil do clube, em que alternava entre ano na Série D e outro sem jogar. Marquinho é grato ao time do coração e lembrou de um fato curioso, em que pagou seu curso de técnico em enfermagem com material doado pelo Leão Azul.

“Devo muito ao Remo. Quando cheguei aqui, tinha que estudar e na época minhas condições financeiras não eram boas e o Remo ajudou a me formar em técnico de enfermagem. Eu conseguia roupas do clube com a diretoria e dava ao dono do curso os uniformes que o clube me doava. Paguei meu curso todo de enfermagem com a ajuda do Remo, graças a Deus e depois as coisas foram melhorando, sai para fazer faculdade e retornei e estou aqui até hoje”, relembrou.

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O famoso “Bombinha” é irreverente e é conhecido pela forma como corre para atender os jogadores em campo. Com mais de 20 anos de Remo, ele contou do seu sentimento pelo clube azulino e relembrou de pessoas importantes em sua trajetória.

“Cheguei no Remo em 2022, mas cresci sendo torcedor do Remo. Quando meu irmão estava aqui e precisou de alguém, fui chamado e eu queria vivenciar o Remo. Graças ao Marco e junto ao saudoso Fernando Oliveira e o doutor Jorge fiquei no clube. Tenho outros empregos, mas trabalhar no Remo é único. Fico em dúvida se um dia ter que largar algum emprego, posso largar outros, mas o Remo não”, comentou.

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