Há 15 anos, Remo conquistava a Série C no ano do centenário
Leão conquistou o acesso para a Série B e de quebra levantou a taça da Terceirona
No dia 20 de novembro de 2005, o Remo sacramentava a sua volta à Série B, após vencer a equipe do Novo Hamburgo-RS, no Rio Grande do Sul, pela última rodada do quadrangular final da Série C. A vitória de 2 a 1 deu ao Leão Azul também o título da competição nacional, maior conquista dos azulinos.
Em 2005 o Remo passou o seu centenário disputando a Série C. Rebaixado um ano antes, o Leão montou uma equipe modesta para as disputas do Campeonato Paraense, Copa do Brasil e a Série C, mas o ano começou com o Time de Periçá sendo eliminado pelo Figueirense-SC na Copa do Brasil e perdendo o título do Parazão para o Paysandu nas disputa de pênaltis.
SOBROU A SÉRIE C
Restou ao clube o principal objetivo da temporada. Com algumas peças importantes como os volantes Odair Hellman, hoje treinador do Fluminense, Serginho com passagens no Botafogo e Vitória-BA, além do meia Emerson. No ataque o Leão tinha o paraense Landu e também Douglas Richard. O Remo foi ganhando a confiança da torcida e foi seguindo na competição.
PRIMEIRA FASE OK
O Leão passou pela fase inicial tranquilo, em primeiro lugar, com o Abaeté, outro paraense, na segunda posição. Remo soberano na competição, principalmente jogando em casa.
TORCIDA
Neste ano a torcida do Remo mostrou sua força. O Leão Azul teve a maior média de torcedores das três divisões, com mais de 30 mil por partida.
CONTRATAÇÕES
O técnico do Remo, Roberval Davino, pegou o Remo montado pelo então técnico Walter Lima, que pediu para deixar o clube. Davino solicitou à diretoria algumas contratações pontuais para a equipe. Chagaram alguns jogadores que foram decisivos para o Remo naquela temporada, como o zagueiro Carlinhos, o meia Maurílio e o atacante Capitão.
DRAMA
Na segunda fase o Remo encarou o Tocantinópolis-TO, em confronto “mata-mata”. No primeiro jogo o time de Tocantins (TO) venceu o Remo por 2 a 0, obrigando o Leão a vencer por pelo menos três gols e sem levar gols. Na volta, o time paraense vencia o jogo por 2 a 0, mas acabou levando um gol. Só o placar de 4 a 1 daria a classificação aos azulinos, para aumentar o drama o meia Emerson perdeu um pênalti, deixando o torcedor apreensivo. Mas o zagueiro Magrão e o atacante Osny, de pênalti, no final do jogo, marcaram os gols da classificação do Remo.
CONFRONTO PARAENSE
Na terceira fase o Remo encarou o Abaeté, que tinha eliminado o Moto Club-MA. Na primeira partida empate em 1 a 1 no Mangueirão. No jogo de volta, também o Colosso do Bengui, o Remo venceu por 3 a 2, em um jogo eletrizante, decidido com um gol de falta de Marquinhos Belém.
PARÁ X AMAZÔNAS
O Remo enfrentou o Nacional-AM na quarta fase. Como o Remo teve a melhor campanha, decidiu em casa. No primeiro jogo em Manaus o Leão abriu vantagem, venceu por 2 a 0. No jogo de volta um susto. A equipe paraense foi derrotada por 1 a 0 e seguiu na competição para a última fase da Série C
QUADRANGULAR
A última etapa da Série C de 2005 foi disputada no estilo quadrangular, todos contra todos, ida e volta. Remo, América-RN, Ipatinga-MG e Novo Hamburgo-RS disputaram o acesso e o título da competição nacional.
Na última rodada o Remo tinha a obrigação de vencer para garantir a vaga na Série B, dependendo do outro resultado, o Leão poderia também conseguir o título. E assim ocorreu.
O JOGO
O Remo enfrentou o Novo Hamburgo, fora de casa, com o clube do Rio Grande do Sul já sem chances. Em caso de empate entre paraenses e gaúchos, deixaria o caminho livre para Ipatinga x América-RN.
Mas dentro de campo o Remo conseguiu encaixar contra-ataques e foi melhor, vencendo a partida por 2 a 1, com gols do atacante Capitão e do meia Maurílio. Luís Gustavo diminuiu para o Novo Hamburgo. O acesso estava garantido, porém para ficar com o título, a partida entre Ipatinga x América-RN teria que terminar sem vencedor. Foram um pouco mais de cinco minutos de espera, até que chegasse a informação do empate sem gols entre as equipes, que deu ao Leão Azul o título da Série C e o acesso para a Série B ao lado do América-RN.
FESTA
Odair Hellmann, hoje treinador do Fluminense-RJ, comemorando o título em cima do caminhão do Corpo de Bombeiros (Fernando Araújo / Arquivo OLiberal)
No retorno da delegação azulina Belém parou para receber os campeões. Os jogadores foram levados em um caminhão do Corpo de Bombeiros até à Avenida Visconde de Souza Franco (Doca), onde encerrou a comemoração.
ARTILHEIRO
O ex-jogador Capitão, que hoje trabalha com a base do CRB-AL, conversou com a equipe de OLiberal e relembrou a conquista.
“É um título importante, todos os títulos são importantes, mas quando é o seu primeiro e último, fica um carinho especial, já que no outro ano eu encerrei a carreira. A conquista fica marcada, é o único título nacional do Remo, no ano do centenário e você faz parte da história de um clube gigante é uma satisfação imensa. Até hoje recebo muitas mensagens dos torcedores nas minhas redes sociais”
QUER O ACESSO
Capitão mantém contato com amigos de Belém e acompanha o Remo na Série C e está na torcida pelo Leão.
“Estamos na história e espero que a cada dia que passe o Remo cresça ainda mais. Tenho amigos em Belém, sempre entro em contato com atletas da época e torço muito pelo Remo. Acompanho o clube e estamos na torcida para que ele volte à Série B”, finalizou.
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