Gol de Muriqui no Re-Pa da Copa Verde é o terceiro do Remo a marcar 'inaugurações' do Mangueirão

O atacante azulino repetiu a façanha de outros dois jogadores do clube, o meia Mesquita e o atacante Balão

Luiz Guilherme Ramos
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A primeira partida disputada no novo Mangueirão após a longa reforma trouxe elementos saudosistas ao torcedor paraense, mas para quem está em campo, a sensação é ainda mais saborosa, sobretudo em quem tem a honra de balançar as redes. A vitória do Remo sobre o Paysandu neste domingo, pela partida de ida da semifinal da Copa Verde, teve um detalhe a mais na vantagem azulina. Nas três grandes reformas feitas no estádio, desde a sua construção, todos os primeiros gols foram marcados por jogadores do Clube do Remo.

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Ao longo da história, o Colosso do Benguí passou por três grandes intervenções. A primeira delas foi a própria inauguração, em 1978, sete anos depois do início de sua construção, idealizada pelo então governador Alacid Nunes (1966 a 1971). Nos registros extra-oficiais consta que a abertura teria sido no dia 20 de fevereiro de 1978, na vitória do Remo sobre o Operário-MS. No entanto, a data oficial escolhida para a inauguração foi o dia 4 de março do mesmo ano, data do amistoso entre a Seleção Paraense, formada por jogadores de Remo, Paysandu e Tuna, e a seleção olímpica do Uruguai.

O resultado foi um elástico 4 a 0, com o primeiro gol marcado pelo ex-atacante Mesquita, ídolo azulino, que anos depois se tornaria engenheiro agrônomo e desenvolveria um trabalho reconhecido no próprio estádio. Naquele ano, o próprio Leão Azul foi quem deu as cartas no futebol paraense e se sagrou campeão estadual, com o Paysandu na segunda posição. Agora, o tempo avança para o distante ano de 2002, quando o Mangueirão deixa de ser o "Bandolão" e ganha arquibancada e cobertura em toda sua extensão. 

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Agora, a praça esportiva já não se chamava Alacid Nunes, e sim Jornalista Edgar Proença. A segunda grande reforma começou em 2000, época do governo Almir Gabriel. Dois anos depois, um novo Re-Pa foi disputado na praça, com empate em 2 a 2, sendo o primeiro gol marcado pelo atacante Balão, na época jogador azulino. Em 2002, o Papão foi mais aguerrido e levantou a taça de campeão, após vencer a Tuna Luso na final. 

Duas décadas depois, o Mangueirão passa por uma nova reforma, desta vez para adaptá-lo à estrutura das arenas esportivas. A grande reforma comandada pelo governador Helder Barbalho ainda não terminou e a inauguração oficial está prevista para o dia 9 de abril. Ainda assim, o estádio recebeu um evento-teste, justo no clássico Re-Pa, válido pela semifinal da Copa Verde, no último domingo. Coube ao atacante Muriqui, também azulino, marcar o único gol da partida e o terceiro azulino nas inaugurações do estádio ao longo de 45 anos de história. 

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