Ex-Remo, Bonamigo explica chegada de estrelas ao futebol da Arábia Saudita
Comandante com forte ligação ao Leão Azul, Paulo Bonamigo treinou no futebol do Oriente Médio
Não é de hoje que o dito "Mundo Árabe" investe milhões em atletas de renome mundial para atuar no país. Mas se antes os jogadores "cooptados" era atletas no crepúsculo da carreira, agora os investimentos tem sido cada vez mais voluptuosos para atrair grandes astros da primeira prateleira do futebol europeu. São os casos recentes de Cristiano Ronaldo e Benzema, além de, possivelmente, Messi e até Lewandowski. Mesmo com mercado na Europa, o trio de atacantes pode acabar preferindo caminhões de dinheiro e uma liga menos competitiva.
Para abordar a questão e crescimento do nível técnico dessas ligas, a reportagem conversou com o técnico Paulo Bonamigo, ex-Remo. Atualmente sem clube e com forte ligação ao futebol paraense, Bonamigo passou quase dez temporadas nos Emirados Árabes e Arábia Saudita.
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Diferenças
O ex-comandante azulino falou sobre as diferenças dos países em que trabalhou, além de ressaltar o que a Arábia tem para atrair, agora, astros ainda em momento técnico e físico capazes de sustentar as principais ligas europeias:
"São países diferentes. Apesar que a gente fala 'Mundo Árabe', a Arábia Saudita é enorme, é o Brasil do Oriente Médio. Tem sua pobreza, mas tem um riqueza muito grande. A ideia que eu tenho acompanhado principal, nesse momento, é fortalecer a liga, levando jogadores renomados como o Cristiano Ronaldo, o Messi, para jogar em alto nível", apontou.
Torcida
Além do potencial financeiro, Bonamigo reforçou também o fator torcida. Por ter uma população maior - quase 35 milhões de pessoas -, os clubes da liga saudita conseguem colocar mais público que os vizinhos de Oriente Médio:
"É um país que consegue levar 20 ou 30 mil pessoas nos estádios, em relação aos Emirados e o Catar, que são países pequenos e a média de público é de mil pessoas, 500 pessoas. É o grande diferencial da Arábia Saudita, que tem potencial de ter uma liga forte dentro do mundo asiático", concluiu.