Ex-jogadores do Remo revelam bastidores do 'Cuiabaço' em 2015: 'hotel cheio de bebida antes do jogo'

O lateral Levy e o volante Dadá relembram a final da Copa Verde de 2015, na qual o Remo venceu o jogo de ida por 4 a 1 e perdeu fora por 5 a 1

Luiz Guilherme Ramos
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Uma das disputas de título mais surreais nos últimos anos voltou à tona recentemente e parece ter, finalmente, desvendado o mistério que desde 2015 assombra o mais devoto torcedor azulino: a final da Copa Verde contra o Cuiabá. Em entrevista ao Zueiragem Podcast, os ex-jogadores Levy e Dadá, que estiveram na decisão, contaram detalhes ainda inéditos para o grande público, de como o Remo conseguiu o impossível, depois de abrir uma vantagem elástica e por uma mão na taça. 

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Criada um ano antes, a Copa Verde foi direcionada aos clubes do norte, centro-oeste e Espírito Santo. Na primeira edição o Paysandu havia perdido a final para o Brasília e no ano seguinte o Remo ganhou a chance de "tirar a forra" pelo futebol paraense, contra o Cuiabá, que tinha uma folha salarial 50% menor que a remista. No jogo de ida, realizado em Belém, o Clube do Remo venceu por 4 a 1, gols de Rafael Paty, Ratinho e Warian Santos. 

A goleada acabou sendo o maior erro do time azulino, segundo os próprios jogadores. "Vou falar a verdade para vocês, os caras estavam de moto e a gente andando. Eu nunca corri tanto na minha vida quanto corri neste jogo, mas errado. A gente não fez a nossa parte em Belém? Eles fizeram a parte deles lá. Antes do jogo já íamos conversando sobre valores, fazendo cálculos. E a gente ainda não tinha feito o trabalho", conta Dadá.

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Aproximadamente 35 mil pessoas testemunharam a goleada remista em pleno Mangueirão, dando ao time uma vantagem praticamente impossível de ser revertida, sobretudo por uma equipe pouco conhecida entre os paraenses, enquanto o Remo tinha em seu elenco uma boa mistura de jovens da base, como Alex Ruan, Igor João e Ameixa, com atletas mais experientes, como Ratinho, Val Barreto e Eduardo Ramos.

No jogo de volta a confiança era tão grande, que milhares de torcedores se reuniram no Baenão, com direito a telão e grande festa armada, dando como certa a conquista da Copa Verde. Apesar disso, quem sorriu no fim foi a equipe do técnico Fernando Marchiori, atual Náutico-PE, que, além de vencer por 5 a 1, ainda fez o artilheiro da competição, o atacante Rafael Luz, aplicando no time remista uma lição amarga, lembrada com tristeza pelos azulinos até os dias de hoje.

"Mano, não sai da minha cabeça. Nossas ações já mostravam que estávamos soberbos. O nosso hotel estava lotado de bebida antes do jogo, jogador participando. O nosso avião estava lotado, diretor bebendo e comemorando antes do jogo. O Dadá sabe disso. A gente foi tomar café e eu falei, 'Meu Deus, o que é isso?' Já era o clima de festa. A soberba precede a queda. Não tem outra explicação. Não tem dinheiro, nada. É isso", conclui Levy. 

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