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Arrecadação do Remo na Copa do Brasil de 2024 cai 86% e compromete contas do clube; entenda

Devido à eliminação para o Porto Velho-RO, Leão deixou de ganhar, aproximadamente, R$ 5 milhões nesta temporada.

Caio Maia
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O Remo teve uma queda de 86% na arrecadação referente à Copa do Brasil nesta temporada. O motivo: a eliminação precoce no torneio mais rentável do Brasil deste ano. Segundo levantamento feito pelo Núcleo de Esportes de O Liberal, o Leão Azul pode ter deixado de faturar cerca de R$ 5,2 milhões pela desclassificação para o Porto Velho-RO, na primeira fase do torneio.

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A projeção feita pela reportagem levou em consideração os dados de arrecadação do clube em 2023. Na ocasião, o Núcleo de Esportes estimou um faturamento de R$ 10,8 milhões para o Leão Azul, correspondentes a receitas de premiação, bilheteria e naming rights.

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Apesar do valor registrado chamar a atenção, a arrecadação remista em 2023 pode ter sido muito maior. O levantamento não contabilizou valores obtidos por meio do plano de sócio-torcedor, venda de títulos (remido e proprietário) e patrocínios, que estampam as campanhas publicitárias do clube e as camisas de jogo. As quantias referentes a essas fontes de renda não estão disponibilizadas no site do Leão.

image Leão perdeu para o Porto Velho na Copa do Brasil (Samara Miranda / Ascom Remo)

Do montante arrecadado pelo Leão em 2023, cerca de R$ 6 milhões vieram da Copa do Brasil, seja em premiação ou bilheteria. Para ser mais somente em cotas, o Leão faturou R$ 3,750 milhões pela competição mais rentável do país. Já em relação à bilheteria, deduzindo os impostos e os gastos obrigatórios para a organização de uma partida, o Time de Periçá recebeu pouco mais de R$ 2,250 milhões na venda de ingressos para jogos do torneio mata-mata.

Os valores em 2024, no entanto, despencaram. Por ter sido eliminado ainda na primeira fase, o Remo garantiu apenas a cota de participação da Copa do Brasil, que é de R$ 787 mil. O fato da partida contra o Porto Velho-RO ter ocorrido longe de Belém, o time azulino sequer conseguiu construir uma boa bilheteria. Segundo o borderô do jogo, o Leão faturou apenas R$ 13 mil com o duelo.

Arrecadação azulina na Copa do Brasil

  • 2023: R$ 6 milhões (R$ 3,750 milhões de cotas + R$ 2,250 milhões em bilheteria)
  • 2024: R$ 800 mil (R$ 787 mil de cotas + R$ 13 mil em bilheteria)

Impacto anual

A queda de arrecadação na Copa do Brasil pode impactar nas finanças do clube de forma geral. Caso o Remo mantenha, neste ano, os valores das outras receitas avaliadas pela reportagem em 2023 - premiações de Parazão e Série C, bilheteria nos demais jogos e naming rights - o clube poderá perder até 50% do faturamento anual.

Somente pelo não avanço na Copa do Brasil 2023, o Leão deixou de receber R$ 5,2 milhões, em relação ao ano anterior. Esse número é, exatamente, 48% de todo o montante arrecadado pelo clube em toda temporada passada.

Presidente se justifica

image Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, foi eleito o novo presidente do Remo (Cristino Martins/ O Liberal)

O presidente do Remo, Antônio Carlos Teixeira, participou da entrevista coletiva de apresentação do novo técnico azulino, Rodrigo Santana, na última segunda-feira (27), e deu explicações sobre a má fase do time na temporada. Segundo o mandatário azulino, o Leão tem tido dificuldades no mercado de transferências e na dispensa de jogadores pela falta de dinheiro.

“Quero ressaltar uma coisa. O maior erro dessa administração, desse plantel, foi a perda do primeiro jogo da Copa do Brasil. Aquilo não se admite. Perdemos dinheiro, perdemos uma série de situações. Tivemos que passar por cima disso e ir para frente, como estamos agora trabalhando no sentido de melhorar a situação do clube, do plantel”, disse Tonhão.

Bola de neve

image Remo convive com problemas financeiros (Márcio Nagano/ O Liberal)

A situação financeira do clube é complicada e ficou ainda pior nos últimos meses. O clube teve cotas do pagamento bloqueadas pela Justiça, referentes ao Governo do Estado via Banpara e Funtelpa em relação ao Campeonato Paraense, além de 60% da cota da Copa do Brasil 2024.

De acordo com o presidente do Conselho Fiscal do Remo (Cofis), Ian Blois, em 2023, o Remo zerou as dívidas trabalhistas, mas ainda possui débitos de natureza previdenciária e fiscal.

"O clube queria parcelar esses valores, mas o juiz não aceitou fazer esse parcelamento. Os valores não repassados estão no aguardo de uma decisão sobre o assunto. Se for negado o parcelamento, eles vão para pagar a dívida. Caso o parcelamento seja permitido, eles serão repassados à conta do Remo. Não há prazo, no entanto, para que essa decisão seja tomada", detalhou.

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Remo
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