Após perder o pai na semana do Re-Pa, torcedor do Remo faz tatuagem do Baenão em homenagem
Mikaill Cardoso perdeu o pai por complicações da covid-19
O dia 31 de março deste ano ficou marcado na vida do torcedor do Remo Mikaill Cardoso, de 28 anos. Ele perdeu o pai, Seu Raimundo Nazareno, aos 60 anos, por complicações da covid-19, isso na semana do clássico Re-Pa. Para homenagear o pai azulino, Mikaill decidiu tatuar a fachada do Estádio Baenão, local que fez parte da história de pai e filho.
Mikaill mora nos Estados Unidos e sempre conversava com o pai em relação ao Remo. O jovem falou da importância do Remo na vida da família e relembrou momentos com o pai.
“O Remo é tudo. Somos de uma família remista roxa, começando pelo meu avô paterno que passou esse amor pelo Leão ao meu pai e ele repassou para o meu irmão e para mim. Sempre íamos ao estádio, ele era o mais fanático que já conheci, ria e se emocionava com o Leão e isso intensificou a nossa relação”, disse.
A TATUAGEM
A escolha por tatuar a fachada do Baenão partiu pelas lembranças da infância. Um local especial aos familiares de Seu Raimundo.
“O Baenão é o nosso templo sagrado. Ali ele me apresentou tudo que sei sobre o Remo. Quando íamos ao estádio ele explicava cada detalhe e contava todas as experiências que teve com meu avo naquele local”, falou.
CONFIRA A TATUAGEM
DIFÍCIL
No último domingo (5), Mikaill viveu um sentimento doloroso. O primeiro Re-Pa sem a presença do pai, a primeira vitória azulina longe das ligações, áudios e gritos de Seu Raimundo.
“Foi doloroso. Três dias após a morte dele, estava com uns amigos e cada gol que saia eu sentia uma emoção, pois sempre que saia gol do Remo ele mandava áudio, gritando, comemorando e eu senti muito não ter recebido esses áudios. Mesmo com a vitória, foi o pior jogo que já passei, pois não tinha ele ali para comemorar a vitória, ainda mais ocorrendo dentro do estádio do rival”, disse, emocionado.
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