Apesar da vitória no Parazão, Catalá assume deficiências do Remo e explica decisões: ‘impopulares’
Treinador azulino falou sobre a ausência de um “time ideal”, falhas defensivas e avaliou volantes.
Após duas partidas sem vitória, o Remo voltou a marcar três pontos na tabela do Parazão na última quarta-feira (14), após bater o Tapajós por 3 a 1 no estádio Baenão, em Belém, pela terceira rodada do Estadual. Apesar disso, o técnico azulino, Ricardo Catalá, sabe que o time tem tido atuações abaixo do esperado. Em uma longa conversa com jornalistas após o jogo, o treinador disse que já identificou os problemas apresentados pela equipe, sobretudo no sistema defensivo, afirmou que já trabalha numa solução.
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"Um aspecto que temos que melhorar é o fato de nos desconectarmos do jogo em alguns momentos. Tivemos erros bobos hoje que aproximaram o adversário do gol. Além disso, temos problemas na bola parada defensiva, que treinamos muito essa semana, mas falhamos, o que significa que temos que treinar mais. Produzimos contra o Tapajós dez jogadas ofensivas na qual o atacante entrava no espaço vazio. Isso nos deixa, naturalmente, mais vulnerável defensivamente. Entendo que precisamos ter outras alterativas para atacar o adversário, até porque hoje todo mundo se estuda", explicou.
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Além do aprimoramento nos treinamentos, Catalá falou sobre a elaboração de uma "equipe ideal" para os jogos. Segundo ele, a comissão técnica ainda avalia as peças existentes no elenco para a formação de um "time titular". Ele atribuiu a demora nesse processo ao curto período de pré-temporadas e ao fato de quase todo o time do Remo ser composto de reforços.
"Isso tudo tem a ver com tempo de trabalho. Estamos há um mês trabalhando com 20 e poucos jogadores novos, cada um vindo de um contexto. Eu tenho que ter coragem de ir fazendo as trocas, em busca de uma formação ideal. Logo vamos encontrar esse time e vamos dar sequência, pra ganhar corpo. Se eu fico ouvindo ruido externo, deixo no controle aquele que não pode controlar. Sou pago pra tomar decisões, muitas vezes impopulares", disse. Ele ainda completou citando o desempenho dos meias, sobretudo de Pavani.
"O Pavani pode nos oferecer uma condição defensiva melhor. Ninguém joga de 'camisa 8' por tantos jogos numa Série B se não tiver capacidade. Tenho cobrado que, não só ele, mas também outros jogadores, possam desempenhar a melhor função o mais rápido possível. Temos que continuar procurando o jogador que ofereça a melhor resposta", avaliou
Quem ofereceu a "melhor resposta" no meio-campo azulino nos últimos treinamentos foi o volante Henrique. Segundo Catalá, o jovem jogador azulino oferece uma característica compatível com aquela que o time precisava diante do Tapajós. Ele, inclusive, avaliou o desempenho de outros volantes remistas.
"Acho que cada um dos nossos volantes entrega uma coisa e não entrega outras. Nosso desafio é estabilizar o que a gente precisa. O que entendemos é que produzimos muito ofensivamente, mas defensivamente faltava 'pé' para ganhar duelos. O Henrique é muito competente nisso, mas falta pra ele bagagem, experiência, de não sair pra dar o bote em qualquer lugar do campo. Apesar disso, ele trouxe um ponto de equilíbrio e vamos continuar observando os demais jogadores da posição para entender quem joga melhor em cada circunstância", finalizou.
O Remo volta a campo somente no dia 20 de fevereiro, pela primeira fase da Copa do Brasil, diante do Porto Velho-RO, fora de casa. A partida, que começa às 16h30, horário de brasília, terá transmissão Lance a Lance pelo Oliberal.com.