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'Xodó' da torcida do Paysandu, Esli Garcia é um estrangeiro que pode garantir bons lucros ao Papão

O venezuelano é o destaque do Paysandu nesta Série B, mas passa por um processo de adaptação ao futebol brasileiro e deve ganhar um novo contrato com o Papão

Fábio Will

O Paysandu sempre foi um clube que teve estrangeiros na equipe. Desde técnico e passando por várias posições. Um deles e o venezuelano Esli Garcia, atacante, que já caiu nas graças do torcedor alviceleste que cobra do técnico Hélio dos Anjos, mais minutagem ao atleta. O jornalista e colunista de O Liberal, Carlos Ferreira, avaliou o desempenho de Esli nesses quase seis meses de Paysandu. Ferreira afirmou que o atleta possui um potencial enorme, que ele passa por um período de adaptação em várias áreas, desde as rotinas de treinos, intensidade de jogo e que observa um grande potencial de lucro do Papão com o jogador.

Carlos Ferreira relembrou alguns jogadores que passaram pelo Paysandu e não deixaram saudades, além de citar o zagueiro Carlos Galván, uruguaio que defendeu o Paysandu na Série A de 2004, vindo do Santos-SP e que é sempre lembrado pelo torcedor e que Esli, se tiver comprometimento, pode se tornar um ídolo do clube.

“Temos alguns fracassos, figuras fantasiosas como o inglês Ryan Williams, em 2018 e o venezuelano Andrés D’Agostino no ano passado, além dos paraguaios Cáceres e Jiménez que ficaram devendo. O Galvan foi um zagueiro razoável, de muita força. Não foi uma grande decepção técnica, mas não foi nenhum grande sucesso. O Esli já é um produto de uma nova era, um jogador descoberto através do trabalho de analistas de desempenho que ficam buscando jogadores de potencial dentro da possibilidade financeira do clube e encontraram o Esli. Um jogador novo, barato em um mercado que não é tão visado. Ele possui um potencial técnico fabuloso, mas que fisicamente não é um atleta plenamente construído. Ele era de uma realidade que não tinha a quantidade de treinos que tem aqui, de um futebol menos intenso que o brasileiro e que não tem ainda um lastro fisiológico para jogar em alta competitividade”, disse, Ferreira.

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A equipe de O Liberal conversou com o atacante Esli Garcia, que garantiu estar feliz jogando no Paysandu, na sua primeira experiência no Brasil e afirmou que não está preocupado com o contrato com o Papão que foca na Série B, para que isso não venha a prejudicar seu futebol.

“Muito feliz com o carinho da torcida, que tem me apoiado desde a primeira partida que joguei. Estou feliz pelo meu trabalho, pelo o que venho fazendo em cada partida e quero seguir melhorando para dar mais alegria à torcida. Sobre o contrato, estou tranquilo. Penso sempre jogo a jogo. Não quero que isso seja um problema para mim. Foco no jogo a jogo e depois vejo o que vai acontecer”, disse.

O atacante bicolor disse que se sente bem fisicamente e que o técnico Hélio dos Anjos o ajuda bastante, desde que chegou a Belém.

“Dou graças a Deus pelo dom que Ele me deu de jogar futebol. Sigo trabalhando desde o primeiro dia que cheguei aqui. Quero seguir tabalhando, ajudando a equipe para estar bem e colocar a equipe onde ela merece. Desde o primeiro dia tenho trabalhado para melhorar, para ajudar meus companheiros. Agora eu estou bem, me sinto bem fisicamente. O professor tem me ajudado muito também, assim como todo o staff. Estou feliz e sigo trabalhando para melhorar outras coisas, reforçando aquilo que o professor me pede e dar alegria ao torcedor”, falou.

O venezuelano falou que não é fácil jogar no Brasil, da adaptação ao futebol nacional, mas que tenta se esforçar para conseguir melhorar seu rendimento em campo.

“Sempre pensei que futebol era igual em toda parte do mundo, se joga com uma bola e em um campo. Mas aqui, graças a Deus, tenho tido mais oportunidade. O professor tem me ajudado, assim como as outras pessoas do clube. Tenho trabalhado muito duro para alcançar minhas metas. Não tem sido fácil para mim, mas sigo trabalhando dia a dia e fazendo o que eu gosto”, finalizou.

Esli Garcia, de 23 anos, iniciou a carreira na Portugusa FC, da Venezuela. Passou pelo Deportivo Táchira e UCV, também clubes venezuelanos. Atuou no futebol chileno, defendendo o Santiago Wanderers e atualmente no Paysandu realizou 16 partidas e marcou cinco gols, além de ter conquistado o título do Parazão.

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