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Torcedores do Paysandu têm carro furtado no estacionamento do Mangueirão; clube é notificado

Incidente ocorreu antes da partida contra o Botafogo-PB, pela Série C.

Caio Maia

A Polícia Civil investiga o caso de um furto de veículo que ocorreu dentro do estacionamento do Mangueirão, minutos antes da partida entre Paysandu e Botafogo-PB, realizada no último domingo (17). O incidente, que foi registrado por meio das câmeras de segurança do Colosso do Bengui, mostram uma Toyota Hilux preta, avaliada em quase R$ 300 mil, sendo furtada logo após os proprietários do carro entrarem no estádio. O Paysandu Sport Club, inclusive, já foi notificado sobre o fato.

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Segundo a defesa das vítimas, de acordo com a tabela Fipe, o carro está avaliado em R$ 294 mil. Além disso, os pertences que estavam dentro do veículo na hora do furto - celulares, notebooks e jóias - são avaliados em R$ 169 mil. Dessa forma, o ressarcimento cobrado é de R$ 463 mil.

O Paysandu foi procurado para se posicionar sobre o processo. Em nota, o clube informou que a Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as circunstâncias do fato. O clube disse, também, que vai aguardar o fim das investigações para se manifestar.

Linha do tempo

De acordo com Ian Pimentel, o carro pertence a um casal de amigos do advogado. O grupo se encontrou no domingo (17), no Mangueirão, para assistir a partida e o furto do veículo só foi constatado ao final do jogo.

"Segundo informações da Polícia, o veículo foi visto na avenida Centenário com a Major Seda às 15h34. O meu cliente chegou ao Mangueirão e estacionou o carro às 14h52. Segundo as informações prévias das câmeras de segurança do Mangueirão, a pessoa que furtou o veículo entrou no carro às 15h e às 15h11 saiu da vaga de estacionamento. O monitoramento do Mangueirão e a polícia estão reconstituindo essas imagens com o objetivo de descobrir o percurso feito", disse Ian.

As imagens, no entanto, não puderam ser divulgadas à imprensa. Segundo o advogado, a polícia alega que os vídeos serão mantidos em sigilo para a investigação.

Terceirização do serviço

De acordo com a defesa das vítimas e o próprio Paysandu, uma empresa terceirizada faz o serviço de segurança do estacionamento e a venda de bilhetes. A prática, inclusive, é comum em jogos de futebol no Pará.

No entanto, Ian disse que o acordo firmado entre Paysandu e a empresa terceirizada tem falhas. Segundo ele, o Papão mantém contato com um Microempreendedor Individual (MEI) e essa pessoa contrata a empresa de segurança. Dessa forma, há a quarteirização do serviço.

"Isso significa que não há segurança nenhuma no local, porque colocam qualquer pessoa pra fazer a nossa vigilância. O governo do Pará tem dado todo apoio, desde a polícia até a administração do estádio, mas o clube sequer se dignou a falar conosco", disse.

Ainda de acordo com o advogado, por mais que o serviço seja prestado por terceiros, o Paysandu é o responsável final pelo furto. Ele alega, inclusive, que isso está previsto no Estatuto do Torcedor.

"Quando um clube faz a subcontratação de uma empresa para fazer segurança ele responde por qualquer incidente. Responsável juridicamente é quem oferece o serviço. Se você vai oferecer o serviço por meios próprios ou por meio de um contato, não interessa. O que o clube pode fazer posteriormente, depois de nos indenizar, é cobrar o valor da empresa contratada. Pelo Estatuto do Torcedor mantém um vínculo de natureza consumerista com o torcedor, então é uma relação de consumo, na visão jurídica. O Paysandu, quando comercializa o bilhete de um jogo e o estacionamento, ele assume esse dever", explica.

O que dizem os envolvidos?

Em nota, a Bandana Eventos, empresa que fez a segurança do estacionamento do Mangueirão na partida entre Paysandu e Botafogo-PB, disse que não tem com o clube bicolor um contrato de segurança patrimonial, mas, apenas de controle de fluxo de pessoas e comercialização de bilhetes. Além disso, a empresa informou que possui um efetivo de 70 pessoas no staff e 100 seguranças.

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