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Torcedora do Paysandu agradece ao pai e ao avô materno pelo amor ao clube

Ariadne Trindade, 27 anos, Engenheira Florestal

Ariadne Trindade / Especial para O Liberal

Minha paixão pelo Paysandu veio através de dois grandes homens em minha vida, meu pai e meu avô materno. Ambos apaixonados pelo time, mas por morarmos no interior, em Acará, nunca tivemos oportunidade de irmos em um estádio ou de termos uma camisa original do time. As vezes nem na televisão podíamos ver o jogo, então ficávamos ouvindo pelo rádio.

Com 12 anos voltei para Belém para poder estudar, morava com minha tia e minha avó, mas além de minha família ser toda remista, ninguém tinha o hábito de ir ao estádio, então eu acompanhava o jogo com meu avó e seu radinho, pela televisão. Após entrar na universidade e receber minha primeira bolsa de estágio, pude finalmente comprar minha primeira camisa do Paysandu, e muito tempo depois, fui a primeira vez ao estádio com um amigo e minha paixão só aumentou, não tem como não se emocionar e quer reviver aquela sensação diversas outras vezes.

Meu sonho era poder levar meu avó ao estádio, mas além de não ter um suporte financeiro e um deslocamento adequado, meu avó acabou adoecendo e faleceu, mas eu fiquei com sua única camisa original, seus sonhos e seu amor pelo maior time do norte. E sempre que posso ir ao estádio, lembro dele e vibro em cada gol e lembro da frase que ele, sereno sempre dizia “quem não faz, leva”. Estimo dias melhores, a nossa volta com segurança as arquibancadas e o acesso a série B.

Paysandu