Paysandu pode ficar primeira fase da Série C sem bilheteria, caso seja novamente punido pelo STJD
Papão foi denunciado à suprema corte desportiva após torcedores arremessarem objetos no gramado contra o Brusque-SC, no último sábado (1º).
Em meio a uma crise de resultados na Série C, o Paysandu pode ficar sem seu principal trunfo na competição: a torcida. Caso seja condenado pela Justiça Desportiva, pelo arremesso de objetos no gramado na partida contra o Brusque-SC, o Papão poderá ficar todo o restante da primeira fase da Terceirona sem público como mandante.
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No momento, o Paysandu já cumpre punição de perda de mando de campo na Série C. Devido a uma confusão de torcedores na partida contra o Operário-PR, em Ponta Grossa, na 7ª rodada do torneio, o Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou que o Bicola mande dois jogos sem torcida na Terceirona.
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A primeira partida da punição será contra o Remo, no Mangueirão. O jogo, que ocorreria de portões fechados, teve pena revertida para a presença parcial de público, apenas de mulheres e crianças. O segudo duelo que sofrerá sanção é o contra o CSA-AL, que deve ocorrer com arquibancadas vazias.
No entanto, a pena do Paysadnu poderá ser aumentada. De acordo com o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), o clube pode ser punido com a perda de até 10 mandos de campo devido aos incidentes relatados pela arbitragem na partida contra o Brusque-SC, realizada no último sábado (1º).
Veja o que diz o artigo 213:
Art. 213. Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: (Redação dada pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
I - desordens em sua praça de desporto; (AC).
II - invasão do campo ou local da disputa do evento desportivo; (AC).
III - lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo. (AC).
As penas previstas pelo artigo vão desde multa - entre R$ 100,00 e R$ 100.00,00 - até a perda de mando de campo - que pode ser de uma a dez partidas. No entanto, segundo a Lei, a segunda parte da penalidade só é aplicada caso o acontecimento cause prejuízo ao andamento do evento desportivo.
No entanto, segundo a súmula da partida contra o Brusque-SC, o jogo foi prejudicado pelo arremesso dos objetos. Segundo o documento, a partida foi paralisada em três oportunidades.
Caso a Justiça Desportiva entenda que a infração mereça uma pena mais dura, envolvendo perda de mando de campo, bastarão dois jogos de punição para que o Papão jogue o restante da primeira fase da Série C como mandante de portões vazios. Vale destacar que o clube só tem mais quatro jogos em casa nesta etapa do campeonato e dois deles foram comprometidos com a primeira condenação, ainda relativa ao jogo contra o Operário-PR.
Dor no bolso
A possibilidade de jogar o restante da primeira fase da Série C sem torcida compromete não somente do ponto de vista motivacional, já que a Fiel não terá como incentivar o time nos jogos decisivos. A punição, também, deve doer no bolso do Lobo. No ano passado, quase um terço do faturamento bicolor na temporada, cerca de 32%, foi gerado por meio da bilheteria.
Já deduzindo os impostos e os gastos obrigatórios para a organização de uma partida, o Paysandu recebeu pouco mais de R$ 1,4 milhão na venda de ingressos para os jogos em 2022. O valor médio de lucro por jogo, na última temporada, foi de R$ 87 mil.
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