Paysandu fecha 2024 com recorde de estrangeiros no time e projeta novas aquisições para 2025
Ao todo foram seis atletas de fora do Brasil; destes, metade se destacou, influenciando o clube a continuar investindo no mercado de fora
Além de fechar a temporada com títulos e a permanência na Série B, o Paysandu também encerra a temporada de 2024 com o clube mais "global" do futebol amazônico. Passada a euforia da temporada, muito se deve aos jogadores estrangeiros, que este ano vieram em maior número e conseguiram um protagonismo excepcional ao longo do ano, com destaque para um certo Esli Garcia, que até hoje a Fiel Bicolor espera o "sim" da permanência a Belém.
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O venezuelano Esli Garcia chegou sem pompa ou entusiasmo por parte do torcedor. De mero desconhecido, o jogador do Deportivo Táchira apostou no Paysandu e colheu bons frutos. Fez 45 jogos e marcou 14 gols na temporada, incluindo nove na Série B, tornando-se o principal artilheiro do time na principal competição do calendário. Esli desbancou Nicolas, o último ídolo do clube, que passou a Segundona com apenas três gols.
Aliás, este ano o Paysandu bateu o recorde de estrangeiros. Ao todo foram seis: Esli Garcia (Venezuela), Quintana (Uruguai), Cazares (Equador) e Borasi (Argentina) Yony Gonzalez (colombiano) Joel (camaronês). Destes, metade vingou. Cazares e Yony González deixaram o clube. Joel Taguel está em vias de rescisão, enquanto os demais seguem nos planos para 2025.
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Mas até que ponto essa "internacionalização" é positiva? Para o jornalista Abner Luiz, o momento é oportuno, mas delicado. "Na realidade, o que acontece é que é um mercado promissor que não compete tanto quanto compete com o mercado de série B", entende, enumerando alguns fatores.
"E com a moeda ruim de alguns países, financeiramente jogar hoje no Paysandu, na série B do Campeonato Brasileiro, pode vir a dar certo. O impacto da internacionalização, ele acaba ocorrendo na América Latina, atraindo, quem sabe, o aceite de outros jogadores que estão vendo que os que vieram até então, como Quintano, Borasi ou o próprio Esli, que fez uma boa temporada", diz. Apesar da boa fase para os estrangeiros, o jornalista Carlos Ferreira acredita que o Paysandu não deve priorizar as contratações de fora.
"Jogadores se tornam caros, então o Paysandu só buscaria na hipótese de não conseguir resolver aqui no Brasil, mas a prioridade é sempre pelo mercado nacional. Enfim, é uma busca interessante, mas nem sempre é seguro. Ter jogadores estrangeiros apenas por ter algo diferente não agrega, não significa, e nem creio que seja a simples ideia do Rogério Aguilera. Enfim, o Paysandu precisa de fato avaliar bem o que quer e o que pode ter desses jogadores estrangeiros", completa.
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