Paraense ex-Paysandu e Fluminense revela ‘coração dividido’ em decisão pela Copa do Brasil
Nascido em Conceição do Araguaia e hoje no futebol da Tailândia, Victor Oliveira disse que tem ‘carinho muito grande’ pelos dois clubes e que espera uma boa partida no Mangueirão, nesta terça-feira (24).
Paysandu e Fluminense se enfrentam nesta terça-feira (25) pela terceira fase da Copa do Brasil e existe um jogador paraense que estará com "coração dividido" durante o confronto. O zagueiro Victor Oliveira - que hoje joga no futebol da Tailândia, mas nasceu em Conceição do Araguaia - tem passagens recentes pelas duas equipes. Em entrevista exclusiva ao Núcleo de Esportes de O Liberal, o jogador disse que guarda carinho de ambos os clubes e que espera um grande jogo no Mangueirão.
"Foi uma grande honra pra mim jogar nesses dois clubes. Tenho carinho pelos dois clubes, mas tenho sentimentos diferentes. O Paysandu é o clube do meu estado, então é uma honra enorme ter atuado por lá. Já o Fluminense foi a realização de um sonho, por ter jogado na Série A, em um clube daquela grandeza. Eu guardo bons momentos pelos dois e sempre será uma honra ter vestido a camisa dessas duas equipes", disse Victor.
Mesmo tendo nascido no Pará, os primeiros passos do zagueiro de 28 anos no futebol foram em clubes fora do estado. Depois de passagens pela base do Corinthians, Victor jogou pelo Atlético-GO antes de chegar ao Fluminense, em 2015. No Tricolor Carioca, o jogador atuou em 15 partidas e não marcou gols.
Quatro anos depois, em 2019, depois de já ter rodado por Joinville, Tombense-MG e Sheriff, da Moldávia, Victor assinou contrato com o Paysandu. No Bicola, o jogador foi titular em vários momentos da temporada, que terminou com a equipe alviceleste "batendo na trave" no título da Copa Verde e no acesso à Série B do Brasileirão. Pelo Papão, o jogador atuou em 30 partidas e marcou dois gols.
Paysandu e Fluminense: mundos diferentes?
Divisões, orçamento e oportunidades diferentes. Assim podem ser comparados os mundos de Paysandu e Fluminense atualmente. Apesar disso, Victor Oliveira garante que uma coisa é igual: a torcida. De acordo com o zagueiro, ambas as equipes possuem torcedores apaixonados, que ajudam os clubes em momentos difíceis.
"Não vejo muita diferença entre os clubes, em relação a torcida. Creio que são dois clubes gigantes com públicos muito apaixonados. Hoje a maior diferença é a divisão em que jogam. O Paysandu, apesar de estar na Série C, tem uma pressão muito grande e merece estar em divisões maiores. Já o Fluminense tem a pressão natural da Série A, já que foi campeão brasileiro várias vezes e já jogou uma final de Libertadores", explicou Victor.
Apesar dessa diferença técnica, evidenciada pelas diferentes divisões que os clubes frequentam, o paraense acredita que o duelo desta terça-feira (25), que será disputado a partir das 19h, no Mangueirão, será mais equilibrado que aquele do Rio de Janeiro. Segundo ele, a torcida bicolor fará a diferença nas arquibancadas para empurrar o Papão em busca de um resultado melhor.
"Acredito que vai ser um jogo diferente daquele do Rio. Em Belém, mesmo com um resultado adverso, a torcida do Paysandu vai apoiar e fazer uma festa linda. Não sei se consegue reverter a diferença de três gols, acho difícil, devido a qualidade da equipe do Fluminense. Apesar disso, acredito que será um jogo bom, com um bonito espetáculo da torcida", contou.
Planos para o futuro
Desde a metade do ano passado, Victor Oliveira está no futebol da Tailândia. No momento, ele atua no Rajpracha, equipe que disputa a Segunda Divisão do futebol local. Questionado sobre uma possível volta ao Brasil, o zagueiro disse que está bem jogando no Oriente e que não pensa nisso para os próximos meses. Apesar disso, ele garante que não está fechado para novas oportunidades de contrato, assim que o vínculo dele com o Rajpracha terminar.
"Acompanho bastante o futebol brasileiro, acompanho os clubes por onde eu passei. Sempre converso com os meus amigos que estão no Paysandu e fico na torcida por esse clube que foi tão importante pra mim. Por enquanto não penso no retorno. Fiz uma temporada aqui e me senti bem, estou feliz. Mas a gente nunca fecha portas, às vezes oportunidades aparecem. Acabando essa temporada aqui vou avaliar as minhas opções pra decidir o melhor pra minha carreira", finalizou.
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