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Os desafios e projeções de Roger Aguilera à frente do Paysandu no biênio 2025/26

A eleição do atual vice-presidente mostra que o dirigente segue em sintonia com o clube, o qual pretende alavancar nos próximos dois anos

Luiz Guillherme Ramos e Vitor Castelo

Em mais de 10 anos, Roger Aguilera conheceu como poucos os bastidores do clube. Não apenas como mero espectador, mas muitas vezes como fiel da balança. Embora jovem na aparência, o empresário é um dos nomes mais ativos no clube desde a administração de Vandick Lima, que deu origem ao então grupo político denominado "Novos Rumos". Embora essa aliança já não exista formalmente, seus efeitos perduram até os dias atuais e, hoje, seu principal remanescente é justamente Aguilera, que, a partir de janeiro de 2025, será oficialmente o presidente do Paysandu.

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Logo após o resultado das urnas, que o consagrou como vencedor, Roger conversou com a equipe de O Liberal e falou sobre seus projetos e expectativas para o biênio 2025/2026, quando assumirá o comando do clube, ao lado dos vice-presidentes de Gestão, Diogo Moura, e de Infraestrutura, Márcio Tuma. Talvez a mais importante das metas, segundo ele, seja manter o clube no topo da pirâmide. "Continuar com a hegemonia do futebol paraense, brigando por títulos como o Parazão e a Copa Verde. Acho que no próximo ano vamos manter uma base e não desperdiçar o que construímos. Com mais oito ou nove reforços, esperamos fortalecer o elenco para buscar objetivos maiores no ano que vem", afirmou.

Para alcançar esse objetivo, ele espera abrir mais espaço para que o torcedor compreenda o funcionamento da engrenagem bicolor. "Precisamos mostrar o dia a dia do presidente, as obrigações do clube. O Paysandu é uma empresa que deve ter uma comunicação mais próxima com seu torcedor. Vamos poder mostrar isso, abrir um diálogo maior. Quanto mais transparência e relação aberta, melhor o entendimento do torcedor, o que pode reduzir muitas críticas", observa. Ao longo dos anos no Paysandu, Roger aprendeu a ler o futebol e identificar suas necessidades, que muitas vezes começam pelo topo da pirâmide e sua visão macro.

"Estamos trazendo um CEO para o clube, pois isso deu certo em outras experiências. Fizemos uma entrevista e, agora que ganhamos a eleição, vamos avançar nessa direção. Temos que potencializar o clube com a chegada da Copa 30, fortalecendo não só o Paysandu, mas o futebol paraense como um todo", acrescenta. Roger também ensaia uma aproximação cautelosa com as torcidas organizadas. "Temos uma ideia embrionária de iniciar conversas com as torcidas organizadas, talvez até criar um programa de sócio diferenciado", comenta.

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Em relação ao futebol, uma das principais metas de sua gestão será a expansão da infraestrutura esportiva. "Temos um projeto já desenhado para o CT, que pretendemos iniciar o mais rápido possível. Vamos dar condições para os atletas se apresentarem lá, com academia, vestiário e refeitório. Na Curuzu, tenho a meta de ampliar a capacidade, aumentando de 2,5 a 3 mil lugares na área dos camarotes", detalha. Por fim, o jovem dirigente, cuja personalidade ainda o distancia daqueles que se embriagam com o néctar poder, evita muitas promessas, mas garante o mesmo empenho dos jogadores que suam a camisa para manter o time na Série B.

"Precisamos pensar grande. Não adianta chegar e dizer que vamos apenas lutar para não cair. Fizemos bons jogos na Série B, mas a sequência de empates nos prejudicou. Em cerca de nove jogos, tivemos condições de vencer e acabamos entregando o empate. Com o Márcio, se observarmos o rendimento dele, estaríamos brigando no topo. Vamos aprender com nossos erros e sempre lutar para colocar o Paysandu lá em cima", finaliza.

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