Oportunidade de mercado: executivo do Paysandu explica investimento em estrangeiros
Felipe Albuquerque detalhou o motivo de o clube bicolor ter tantos atletas de fora do Brasil no elenco.
O Paysandu é o clube no cenário regional que mais investe no mercado estrangeiro. O time bicolor tem oito jogadores de fora do Brasil no elenco nesta temporada. Esse número é superior ao de 2024, quando o Bicola já tinha adotado essa estratégia e contratado seis atletas de países vizinhos.
Em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal, o executivo de Futebol do Paysandu, Felipe Albuquerque, explicou por que o clube adotou essa filosofia. Segundo o dirigente bicolor, a equipe viu, principalmente no mercado sul-americano, uma grande vantagem.
"Nós entendemos que é uma oportunidade de mercado. Conseguimos ir nas principais ligas do mercado sul-americano para contratar jogadores que estão atuando em alto nível, com a expectativa de vir jogar no Brasil pela visibilidade que o futebol brasileiro dá a eles", destacou Felipe Albuquerque.
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"Então, conseguimos fazer uma captação de atletas de alto nível para garantir um campeonato competitivo e com uma visibilidade muito boa, como é o Campeonato Brasileiro da Série B", completou o executivo.
Atualmente, são oito estrangeiros, sendo dois remanescentes de 2024. Jorger Benítez, paraguaio e ex-jogador da seleção do Paraguai, foi o último a chegar à equipe. Com ele, estão Pedro Delvalle e Ramón Martínez, também do Paraguai, Benjamín Borasi e Joaquín Novillo, da Argentina, Matías Cavalleri, do Chile, Joseph Espinoza, do Equador, e Quintana, do Uruguai.
Destes, pelo menos dois são grandes destaques na equipe. O argentino Borasi, contratado em 2024, conseguiu se consolidar no time e hoje é titular no ataque, sendo uma peça fundamental para o clube bicolor. Quintana também se firmou na defesa e é um dos principais zagueiros do grupo. Além deles, há grandes expectativas para a temporada de Benítez, que tem quatro jogos com a camisa do Bicola e um gol, e do chileno Cavalleri.
Na entrevista, Felipe destacou que o investimento nos atletas de fora tem dado resultado. "O impacto hoje é significativo. Nesta temporada, dos 15 atletas do Paysandu com mais minutagem, quatro deles são estrangeiros", afirmou.
Além disso, o executivo explicou que um dos principais benefícios para o time é que o clube consegue adquirir jogadores com alto nível técnico por um preço viável para o Paysandu, como o caso do centroavante Benítez.
"O grande diferencial [para o clube] é que conseguimos atacar o topo do mercado sul-americano. Estamos falando de atletas que já disputaram a Libertadores, com história de seleção principal e de base. Então, conseguimos ir em busca desses atletas, que têm uma competitividade muito alta e estão acostumados a jogar em alto nível", ressaltou o executivo do Bicola.
O Papão está quase no limite de estrangeiros permitido pela Federação Paraense de Futebol (FPF) e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que prevê até nove atletas de fora do país inscritos. Com isso, o clube não deve contratar nenhum jogador estrangeiro nos próximos meses.
No momento, não há expectativas de ganhos financeiros com os atletas, visto que a maioria tem contratos de um ano. Contudo, com um elenco de nomes e experiência, o time tem conseguido se manter forte nas competições regionais, como o Parazão, em que disputará o título contra o Remo, e a Copa Verde, também finalista. Além disso, o clube ainda se prepara para a Copa do Brasil e, na última sexta-feira, estreou na Série B do Brasileirão, onde o principal objetivo é brigar pelo acesso.