'O torcedor tem o direito de vaiar', diz meia do Paysandu, confiante no clássico do Parazão
Giovanni retornou ao time após uma lesão na coxa e espera aproveitar a semana de treinos para chegar ao Re-Pa com o time ajustado
Após a vitória contra o Independente, o Paysandu retornou aos treinos mirando o clássico Re-Pa do próximo domingo (23/02), pela 7ª rodada do Parazão. Será o teste tira-teima para um elenco que anda devendo a torcida no quesito vitórias. O triunfo sobre o Galo Elétrico encerrou um jejum de quatro jogos sem vencer, sendo dois pelo estadual e dois na Copa Verde. Agora, no entanto, vem a grande prova de fogo, contra o adversário que disputa "tête-à-tête" a posição de favorito ao título paraense.
WhatsApp: saiba tudo sobre o Paysandu
No jogo desta segunda-feira, o Paysandu fez uma apresentação pouco satisfatória para a torcida. Ainda que tenha dominado o jogo e criado as melhores oportunidades, o time "só venceu" por 1 a 0. Na visão dos atletas, o resultado não refletiu o tamanho da produção em campo. "Na minha forma de ver, o jogo foi enganoso. Nossa equipe criou várias situações, com o Bryan, Nicolas, PK, o chute do Espinoza. Poderia ser uns 3 a 0, com todo respeito à equipe adversária. Nossa equipe criou bastante e faltou um pouco mais de capricho para fazer mais", avalia o meia Giovanni, que voltou ao time depois de uma semana tratando de um quadro de lesão.
"Acabei tendo um edema muscular no adutor da coxa, tive que ficar uma semana resguardado. Estou muito feliz em voltar. Grato a Deus pela possibilidade. Um jogador sempre quer estar em campo", diz ele, que entrou no segundo tempo no lugar de Leandro Vilela. O jogador entende que a vitória ajuda o aspecto moral do time, mas a parte mais importante para o clássico é o tempo hábil de treinos. Sem jogos até lá, o Papão vai poder, enfim, entender melhor o estilo de trabalho do técnico recém-chegado Luizinho Lopes.
VEJA MAIS
"Não temos tempo para treinar. Não é uma lamentação, mas é a realidade. O Luizinho teve oportunidade de dar dois treinos para esses jogos, então fica complicado assimilar as coisas, mas, muitas já conseguimos executar em campo. São Dois jogos sem sofrer gols e nossa equipe vem melhorando nesse aspecto. Temos que melhorar a parte ofensiva e numa semana de clássico é importante ter esse tempo de ajustes", observa. Para ele, o torcedor tem sua razão ao vaiar o time, mas, pede confiança e, sobretudo, a presença da Fiel contra o maior rival.
"O torcedor tem direito. Ele paga o ingresso e tem o direito de falar o que quiser, de vaiar, caso a situação não seja condizente com a expectativa do clube. Faltou só mais eficácia nas chances. Poderia ser um placar mais elástico e entendemos. Nós atletas estamos de passagem. Daqui a pouco estamos em outro lugar e o torcedor fica. Eu super respeito isso e posso dizer que eles sabem da importância deles num clássico. Tenho certeza que vão comparecer e nos apoiar nesse jogo", encerra. Paysandu e Remo jogam no domingo, às 17 horas, no Mangueirão.