Novo executivo determina mudança na rotina do elenco do Paysandu: 'Jogadores não irão para casa'
Executivo Ari Barros promete diálogo ou 'batida mais forte' caso jogadores não se enquadrem. 'Vestiário ganha e perde jogo', argumenta
A chegada do executivo de futebol Ari Barros promete mexer com o ambiente interno do Paysandu. O profissional, que desembarcou em Belém na semana passada, conversou com a comissão técnica e a diretoria bicolor para estabelecer uma nova dinâmica na rotina dos atletas. Respaldado pelos seus superiores, Barros quer um ambiente de maior disciplina e esforço, dentro e fora de campo.
“Muitos se enganam que o executivo de futebol é apenas um ‘contratador’, e eu não sou um contratador, sou um diretor executivo de futebol, que me qualifiquei, fui atrás da parte acadêmica e além disso tenho alguma vantagem, por ter sido jogador de futebol, então no vestiário conseguimos identificar situações”, apontou o executivo durante a coletiva de imprensa de apresentação.
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O executivo bicolor adiantou algumas mudanças internas, que vão impactar principalmente no dia a dia dos jogadores. Um delas é a maior presença dos atletas no clube, com controle sobre a alimentação e o descanso. Após cada partida, o elenco não será liberado para casa, mas passará a noite nas dependências da Curuzu.
“Os jogadores vão concentrar pós-jogo. Jogamos domingo, quarta e domingo, acabou o jogo os atletas não irão para a casa. Eles vão dormir aqui, se alimentar aqui, pois faz parte o descanso, a alimentação, que é o combustível que eles necessitam. No outro dia fazem a recuperação, treinam, se alimentam e vão para casa. É um sacrifício, o preço é alto. Não tem como eu conquistar nada se eu não pagar um preço”, argumentou.
“Já citei exemplos para alguns jogadores dando cases de sucesso e o preço é alto. O torcedor pode ter certeza que a batida é pesada, que a cobrança é alta se a gente quiser, se não quisermos vamos ficar na mesmice”, completou Ari Barros.
Diálogo ou linha dura
A proposta de Ari Barros para lidar com possíveis problemas internos e de compromisso do elenco é maleável. O novo executivo de futebol do Papão explicou que primeiro tentará conversar e entender o que pode estar acontecendo com o jogador, mas o tom pode mudar caso não haja uma reação positiva.
“Eu ter jogado futebol também faz eu sair na frente nessa função, por ter jogado por 20 anos. E, realmente, vestiário ganha e perde jogo. [...] É ter cuidado, humanizar os setores. Eu sigo a linha da conversa para entender o que está acontecendo para ajudar, agora, se o jogador não possui compromisso, não quer nada com nada, aí a batida é outra, vou mais forte, só fica que quer e quem dá o seu melhor, então estamos estabelecendo alguns processos”, explicou o profissional.
As novas medidas já começam a valer a partir desta quinta-feira, quando o Papão enfrenta o Princesa do Solimões-AM pelo jogo de volta das quartas de final da Copa Verde. O duelo será na Curuzu, a partir das 20h. Ingressos já estão a venda por R$ 30 (arquibancada) e R$ 80 (cadeira).
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