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'Não é terra arrasada': Presidente do Paysandu pede equilíbrio e defende elenco na Série B

Com críticas à pressão sobre o time, Roger Aguilera valoriza títulos recentes, pede paciência à torcida e promete o 'Bicho Papão de sempre' contra o Bahia

Luiz Guilherme Ramos

Às vésperas de um confronto decisivo pela Copa do Brasil, o presidente do Paysandu, Roger Aguilera, concedeu entrevista à rádio Liberal+ na tarde desta terça-feira para reforçar o compromisso com o clube e a importância do duelo contra o Bahia, nesta quarta, às 21h30, no Mangueirão. Ao mesmo tempo, o dirigente fez um desabafo diante das críticas que o clube tem recebido pelos maus resultados na Série B.

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Mesmo na zona de rebaixamento e ainda sem vencer na competição nacional, Aguilera pede calma e confiança no trabalho que está sendo realizado. “É difícil um clube de futebol no início do ano ter ganhado dois títulos e o Paysandu venceu, mas parece que é terra arrasada. Vamos parar”, declarou, referindo-se às conquistas do estadual e da Copa Verde.

O presidente também comentou sobre a oscilação do time e a dificuldade em transformar boas atuações em vitórias: “Nós oscilamos uns dois jogos, mas temos feito outros bons. Estamos perdendo gol, eu sei, estamos cobrando, eles se cobram, mas tem que dar tempo ao tempo.”

Com relação ao confronto contra o Bahia, o dirigente demonstra otimismo e acredita na força da torcida bicolor no estádio Mangueirão. “Até agora estão garantidas 11 mil pessoas. Espero que entre hoje e amanhã a Fiel chegue aos 20 mil ingressos vendidos. A Copa do Brasil é uma competição importante, o Bahia está num momento diferente e, por ser em casa, vamos pra cima e ser o ‘Bicho Papão de sempre’.”

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Uma das estratégias adotadas pela diretoria para tentar lotar o estádio foi a setorização dos ingressos, com preços populares. “Nós setorizamos as vendas. A arquibancada lado A ficou por 20 reais, a arquibancada e mulher 10, mas fechamos o Lado A, porque o custo de segurança ia aumentar bastante. Tivemos que manter só o lado B para não ter prejuízo”, explicou.

Ao comentar sobre a relação com a torcida, Roger reconhece o papel fundamental dos bicolores, mas pondera quanto ao excesso de pressão. “Eu entendo que o torcedor é o nosso maior patrocinador. Por buscarmos ser protagonistas, nós não estamos bem nesse momento, mas acho que a pressão está fora do normal. Parece que é o fim do mundo.”

Por fim, o dirigente destacou a importância de manter a cabeça no lugar em momentos turbulentos, citando o jogo contra o Goiás como exemplo do quanto o futebol pode ser imprevisível. “Tu imagina, no jogo contra o Goiás, onde o Paysandu fez um gol no último minuto, com a festa toda armada para eles. Os caras saíram de lá apedrejados. A linha do certo e errado no futebol é muito tênue. Quem é gestor tem que ter equilíbrio necessário para dosar as coisas no momento bom e ruim. Já o torcedor não tem essa medida", encerra. 

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