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Na expectativa do acesso do Paysandu contra o Amazonas, família prepara homenagem para avô bicolor

Papão recebe o Amazonas neste domingo (1°), às 17h30, no Mangueirão; acompanhe a partida pelo Lance a Lance

Andre Gomes

A última vez que o Paysandu disputou a segunda divisão foi em 2018, quando caiu na última rodada. A derrota por 5 a 2 para o Atlético-GO, ná época, em plena Curuzu, freou a reação bicolor na reta final. De lá para cá, o Papão enfileirou frustrações na tentativa de voltar. Em 2019, Vuaden e o Náutico causaram a maior delas. Entre 2020 e 2022, o Paysandu ficou na lanterna do grupo em que esteve no quadrangular de acesso da Série C.

Agora, enfim as famílias bicolores podem ter um motivo para sorrir após alguns anos na Terceirona e a reportagem conta agora sobre uma delas.


A payxão da família Almeida

O amor incondicional pelo clube do coração mexe com os torcedores com as mais diferentes histórias. Com a força que o futebol tem nos mais diversos lares paraenses, uma forte conexão emocional é alimentada pelas mais diversas gerações de apaixonados. Como é o caso da família Almeida, que vive a expectativa do acesso do Paysandu. A equipe de O Liberal foi até o bairro de Canudos conhecer essa história.

Poucas coisas na vida o ‘seu’ Antônio Eliziario de Almeida amava tanto quanto a música. O Paysandu era uma delas. Conhecido como mestre Síbite, tocava bandolim – instrumento de cordas duplas e formato de pera – feito por ele mesmo. Veio do Ceará para a capital paraense e logo se apaixonou pelo lado bicolor de Belém. Morreu aos 76 anos, em 1998, mas não sem antes deixar como legado para a sua descendência o amor pelo Papão da Curuzu.

"Amo o Paysandu. Minha paixão é tão grande que tatuei o lobo e pretendo fazer outras homenagens. Na minha família, somos praticamente todos Paysandu, meu avô veio do Ceará e amou as cores do Paysandu. Todos os filhos viraram Paysandu. Minha avó é remista, mas ninguém quis seguir o clube que minha avó ama, e sim do meu avô", contou Adriana Silva de Almeida, neta de Antônio.

Promessa de casa cheia

O estádio é como um templo para Adriana. Com a 'payxão' pelo clube tatuada no corpo, a vendedora de 43 anos dificilmente perde a chance de ver o Bicola em campo. Não à toa, talvez seja quem mais sinta a agonia do calvário que o Paysandu passa na Série C desde 2019. Após quatro tentativas fracassadas, enfim o sonho do retorno à Série B está mais próximo de se tornar realidade.

Assim como Adriana, muitos outros bicolores querem testemunhar a história sendo escrita. A expectativa é tanta que, na última quarta-feira (27), o Papão anunciou que todos os ingressos para a partida foram vendidos. Além disso, de acordo com a Comissão de Festas, braço da torcida alviceleste que organiza as homenagens nos estádios, haverá mosaicos, bandeirões e "ruas de fogo" antes do jogo.

A atmosfera está criada para o Papão, que também vive a possibilidade de bater novamente o recorde de maior público do novo Mangueirão. O clube alviceleste já é dono da melhor marca, com 49.777 pessoas, na partida contra o Botafogo-PB, em jogo do quadrangular. Quem não estará de fora é Adriana, que já sabe também a quem dedicar o momento:

"O Paysandu significa muito. É uma paixão que não cabe no nosso peito, é um amor que a gente carrega de muitos anos. Quando o Paysandu perdeu para o Náutico, nossa família ficou muito triste. Esse ano, a gente tem certeza que o Paysandu vai ganhar e essa homenagem vai para o nosso avô, que é a pessoa principal para que a gente viesse torcer pelo Paysandu e tivesse todo esse amor por ele", disse. “Temos certeza que vai ganhar do Amazonas e estaremos lá”, concluiu.

Lance a Lance

Líder do Grupo C do quadrangular, com 10 pontos conquistados, o Paysandu, como mencionado, precisa apenas um empate para selar o retorno à Série B. Acompanhe a cobertura completa de Paysandu x Amazonas, que terá transmissão Lance a Lance, pelo OLiberal.com e ao vivo pela Rádio Liberal.

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