Hélio dos Anjos diz que Paysandu foi campeão ‘contra tudo e contra todos’ e cita TJD-PA
O técnico bicolor criticou a postura do TJD-PA na véspera do clássico, a estrutura do campeonato e rebateu os críticos que desacreditaram a montagem do elenco
O técnico do Paysandu, Hélio dos Anjos, chegou ao seu terceiro título paraense, após o empate em 1 a 1 com o Clube do Remo. Na coletiva pós-jogo, Hélio destacou os percalços que o time teve que enfrentar ao longo da temporada, inclusive na véspera do jogo, quando o Tribunal de Justiça Desportiva do Pará (TJD-PA) tentou não homologar o resultado da primeira partida, na figura do presidente Hamilton Gualberto, que já pertenceu ao quadro diretivo do Remo.
“Se eu fosse presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, eu nunca mais mexia com isso. Eu abandonava, entende?! Foi ridículo! Embasamento zero. Ninguém é idiota no futebol Ninguém muda resultado de campo. O que aconteceu para mudar? Então nós também vamos discutir com o VAR, porque o VAR não deu um gol nosso, mesmo com toda estrutura mostrando que o jogador não estava impedido”, disse, estendendo as críticas para a organização do campeonato e a alguns clubes.
“Eu parto do princípio que carro chefe do Parazão são Remo e Paysandu. Eu admiro o trabalho do Ricardo na federação, mas é um futebol político. Não existe campeonato sem o time ter o próprio campo dele. Isso dá abertura para o que deu. Qualquer time vendendo mando de campo. Com todo respeito a grande Tuna Luso, eles classificaram jogando no seu campo. É ruim? É, mas ele fez resultado no campo dele. Aí na hora de decidir, da grandeza, por causa de uma rendinha qualquer, você vai jogar dois jogos decisivos, você pega e aceita mudança de campo. Eu acho isso um absurdo”, continua.
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Hélio também voltou a falar sobre as críticas acerca do trabalho conduzido por ele desde o início da temporada e das comparações com a preparação rival. “Esse ano foi simples. Começamos a montar o elenco e as contratações do Remo eram bombásticas. Fomos fazer uma pré-temporada em Barcarena, uma cidade que nos recebeu bem. Fomos para lá e a imprensa bateu que o Remo foi para hotel cinco estrelas, sempre o Paysandu errado”.
Em relação ao jogo, o treinador do bicola admitiu que o Paysandu foi sufocado em campo, mas garantiu que não se abalou e que seria questão de tempo para tomar o controle da partida. “Eles atacaram muito a linha. O Sillas é diferente do Matheus, ele atacou bastante. Ribamar atacava linha, Ronald também. Eu acho que o desenvolvimento ofensivo da minha equipe não foi legal no primeiro tempo. A jogada tem que ter sequência e não teve. Não chegou o Jean, Nicolas. Nós tivemos problemas, mas sabia que teríamos controle do jogo, sobretudo pelo modelo de jogo e a parte física. É o preço do trabalho que dá vantagem e dá”.
Por fim, o campeão paraense parabenizou o elenco e destacou o entrosamento que vem da diretoria até a equipe técnica, projetando um crescimento considerável para os próximos meses. “O Paysandu tem uma comissão técnica e um staff sensacional, com vários profissionais daqui. Eu gosto. Temos um trabalho. O jogador que não veste a camisa para mim não serve. A minha comissão chega três, quatro horas antes do treino. Nós trabalhamos assim. Por isso que eu acho que vamos chegar em algum lugar. Eu estou muito feliz. Pela experiência que eu tenho, esse grupo melhora no mínimo 30% na Série B”, conclui.
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