Hélio destaca força do Paysandu, mas 'puxa a orelha' e critica 'preciosismo' de jogadores no Re-Pa
O comandante bicolor não escondeu a emoção de ter vencido mais um Re-Pa na careira, mas fez questão de criticar a postura de alguns jogadores em campo
O Paysandu conseguiu uma vitória importante, porém apertada, construída ainda no primeiro tempo, graças ao pênalti sofrido e o gol marcado por Mário Sérgio. O camisa 9 do Papão foi uma das figuras de destaque do time, mas também teve maus momentos, quando perdeu chances de gol preciosas. Ao final do jogo, o técnico Hélio dos Anjos parabenizou o grupo e ressaltou que o time não pode "brincar" mesmo estando em vantagem em campo.
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"Nós iniciamos o jogo com saída de bola lenta, mesmo com dois jogadores que tem dificuldade de marcar, o Muriqui e Élton. Mas a lentidão nossa proporcionou a eles tirarem as jogadas normais. Achei o time afoito. O gol saiu e deixamos de pressionar num momento de instabilidade deles. Podíamos ter virado o jogo em pelo menos 2 a 0. Voltamos no segundo tempo sabedores disso, para suportar os momentos iniciais. Eles vão ter ímpeto, mas disse que acreditavam neles. Não gostei do preciosismo do meu time. Num jogo como esse você não pode se dar ao luxo de perder dois gols assim", observou o técnico bicolor.
Na maior parte da entrevista, Hélio deixou claro que o time entendeu a tática de jogo, mas na prática não soube se comportar para neutralizar os principais jogadores do adversário, mesmo estando mais ofensivo em boa parte do jogo.
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No momento final, com quatro atacantes agudos, deixamos eles instáveis, mas não aproveitamos. Continuamos ficando sem bola. Coloquei o Fernando, que não conseguiu jogar. O último passe também deixou a desejar. Coloquei atacantes de peso para jogar a defesa deles para trás. Eles têm time brioso, mas eu também parto do princípio do último jogo fora de casa. A projeção defensiva nossa foi muito grande. Eles tomaram conta do nosso gol. Pecamos por não aproveitar o ímpeto de três jogadores muito ofensivos. O Mario, Dalberto e Bruno Alves. Isso não aproveitamos bem", observa.
Embora a vitória no clássico aumente a moral do time, que agora se aproxima do G8 da Série C, Hélio dos Anjos prefere a cautela habitual e já projeta o próximo jogo, contra o CSA, também na capital paraense. "Esse jogo foi contra o nosso adversário. Nosso objetivo é muito grande, e vamos entrar etapa por etapa. Estamos num período de autoafirmação. O Paysandu não ganhou nada esse ano e eu acho um absurdo. Mas ficar fora da decisão do paraense, desestabilizado no brasileiro é um absurdo", reclama.
No comando do Paysandu, Hélio dos Anjos vem em boa fase e acumula duas vitórias e uma derrota, a última contra o maior rival, mantendo o retrospecto positivo em clássicos Re-Pa.
"É um privilégio. Não perder o clássico me deu dois títulos. Eu venho com orgulho muito grande. Eu gosto do Pará, gosto das pessoas, do clube. As pessoas que se aproximam de mim são de verdade. Isso favorece o trabalho. Vai ter um ou outro que vai entender as minhas chatices, mas no geral eu to num ambiente muito bom. E quando isso acontece você tem que oferecer tudo. Amanhã eu vou passear, hoje não. Eu sou muito bem remunerado. Eu estou aqui porque a diretoria me procurou pela segunda vez esse ano e eu senti que era hora de voltar. Eu bati um papo com a minha esposa, até brinquei com ela. É isso. Obrigado, Paysandu", encerra.
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