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Futebol: seus anjos e demônios

Carlos Ferreira

A era dos podcasts tem exposto, de forma clara, a dimensão do alcoolismo no futebol brasileiro. Ídolos e boêmios, guiados pelo ego, compartilham abertamente histórias de farras e, sem perceber, revelam comportamentos típicos de dependência alcoólica, muitas vezes expondo também colegas. Esses relatos, frequentemente tratados com humor, provocam risos, mas nenhuma reflexão sobre a gravidade de uma doença social que destrói carreiras, desvia jovens promissores e, em casos extremos, abre caminho para outras drogas. Em suma, arruína vidas.  

Sem resistência aparente, esses "entusiastas do álcool" assumem o papel de "demônios", influenciando negativamente e incentivando novos vícios. Por outro lado, um dos poucos movimentos contrários é o dos Atletas de Cristo, que atuam na evangelização e na tentativa de prevenir ou resgatar jogadores. São os "anjos" dessa batalha silenciosa.  

Religiosidade como pilar fundamental  

Seja evangélica, católica, budista, espírita ou umbandista, a orientação religiosa desempenha um papel essencial no ambiente do futebol. Ela proporciona paz espiritual e serve como um contraponto às tentações associadas ao dinheiro, à fama e ao ego.  

Existe uma associação quase automática entre futebol, pagode, cerveja e "algo mais". Isso se reflete nas condutas extracampo de muitos "profissionais", inclusive de jogadores que já vestiram a camisa da Seleção Brasileira. Nesse cenário, a batalha entre "anjos e demônios" continua acontecendo, mas raramente recebe a devida atenção.  

Baixinhas 

  • Algumas lideranças religiosas marcantes no futebol brasileiro: Baltazar, João Leite, Taffarel, Edmílson, Kaká e Ricardo Oliveira. No futebol regional, destacam-se Paulo Sérgio, Tita, Eivaldo, Euclides e Nildo Pereira.  
  • No Remo, o goleiro Marcelo Rangel, membro dos Atletas de Cristo, e o zagueiro Rafael Castro, católico fervoroso, se destacaram. Rafael chamou atenção ao cumprir uma promessa, subindo de joelhos as escadarias da Basílica de Nazaré após o acesso do Leão.  
  • Reconhecendo a importância da fé, o Remo inaugurou em agosto uma capela ecumênica no Baenão, aberta a todas as religiões.  
  • Em podcasts, ídolos boêmios relatam episódios que incluem até fugas de concentração da Seleção Brasileira. Embora os resultados em campo fossem positivos, a questão está na influência desses relatos sobre os jovens, que veem essas histórias como "proezas" dignas de serem imitadas. A omissão de clubes e federações contribui para perpetuar esse ciclo.  
  • A Seleção Brasileira treina em Belém nesta segunda, terça e quarta-feira, em um evento que coloca a cidade sob os holofotes da Copa 2030. A equipe busca se energizar com o carinho dos paraenses e as bênçãos de Nossa Senhora de Nazaré. Que assim seja!  
  • Para o Paysandu, é um luxo poder celebrar a permanência na Série B com duas rodadas de antecedência, em jogo contra o Brusque nesta segunda. Dado o histórico de erros e o temor de rebaixamento, a recuperação nas últimas rodadas trouxe alívio e motivo de comemoração.  
  • * Curiosidade no duelo entre Paysandu e Brusque: confronto entre goleiros xarás. Matheus Nogueira, do Paysandu, tem 27 anos e é de Jaciara (MT); já Matheus Nogueira, do Brusque, tem 38 anos e é natural de Taboão da Serra (SP). Observação enviada pelo leitor Cláudio Guimarães.  
  • * Com a permanência na Série B garantida, o Paysandu pode manter seu orçamento e acelerar as definições sobre o elenco de 2025. Além disso, a estabilidade financeira permitirá que as obras no Centro de Treinamento sigam em ritmo adequado.

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