'Fui campeão como jogador e quero ser como treinador', diz técnico do Paysandu sobre final paraense
Márcio Fernandes se consolidou como grande capitão de um grupo aguerrido, que conseguiu, mesmo com todas as dificuldades, a melhor campanha do Parazão
Desde a chegada do técnico Márcio Fernandes, o Paysandu tem adotado um discurso bastante coerente a respeito das dificuldades do Parazão. Embora tenha a melhor campanha, o comandante bicolor sabe identificar os gargalos do time, bem como orientar seus comandados para agirem no momento certo. Isso inclui até mesmo a utilização das chamadas ‘pratas da casa’, que normalmente são colocadas de lado quando não agradam técnicos de fora.
Como diz o jargão popular, Márcio Fernandes ‘ganhou’ o time e tem a confiança de todos no elenco. Não é difícil, durante as coletivas, o treinador mostrar preocupação com seus comandados, além de orientar individualmente o que cada atleta pode oferecer. Apesar dos pesares, o Paysandu ganhou uma personalidade indiscutivelmente própria, que se encaminha para o ato final de um sonho: a conquista do Campeonato Paraense.
“A expectativa é boa para que a gente possa fechar o campeonato com chave de ouro. São dois jogos difíceis, as duas melhores equipes do campeonato, que podem fazer com que as finais tenham um brilho no meio de tantos problemas, cancelamentos de jogos, campos ruins. São dois times que podem dar um brilho melhor para salvar o ano”, avalia o técnico.
Fernandes foi contratado pelo Paysandu no final do ano passado e desde então comandou o time 14 vezes, vencendo 10 partidas, empatando duas e perdendo duas. Os números favoráveis o fazem sonhar com a repetição de uma cena antológica. Nos anos de 1980 e 1981, Márcio era atacante e nesse período defendeu as cores do bicola, sendo bicampeão estadual. Completar a lacuna como técnico é o grande sonho.
“Eu tive a oportunidade de ser bicampeão em 1980 e 81. Campeão como jogador, além de ter tido a oportunidade de ser campeão como técnico do Remo. Agora, no entanto, estou lutando por esse título como treinador do Paysandu. Dentro do clube seria um grande feito. Sei das dificuldades que vou enfrentar, mas o objetivo é esse”.
Se o jogo contra o Remo será uma pedreira, Fernandes já encarou várias, num campeonato repleto de contratempos, sem contar um momento muito específico, lembrado por ele como o de maior lição durante a temporada, a derrota por 4 a 1 para o CSA-AL, pela Copa do Brasil, o qual espera ter aprendido a lição.
“Eu acho que a maior dificuldade que passamos no campeonato não foi no campeonato em si. O resultado que aconteceu trouxe uma reação adversa, perda de confiança, na partida contra o CSA, pela Copa do Brasil. Esperávamos muito daquele jogo e não nos apresentamos bem. Esse decréscimo de confiança nos atrapalhou, mas voltamos a reagir para jogar como o time se comportava no início do campeonato”, encerra.
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