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Executivo e técnico do Paysandu rebatem boatos sobre interferência no futebol: 'quem manda sou eu'

Felipe Albuquerque e Márcio Fernandes falaram sobre a suposta insatisfação de Esli Garcia, advertência em Cazares e escalação do time manipulada pela direção do clube

Luiz Guillherme Ramos

A derrota para o Sport-PE, na última segunda-feira (23/9) fez estragos nos bastidores do Paysandu. Boatos atingiram em cheio o pilar da gestão bicolor e causaram desconforto entre os jogadores e o técnico Márcio Fernandes. Embora o clube não viva um bom momento na Série B, ocupando atualmente a 16ª posição, com 30 pontos, o comando do futebol tratou de vir a público esclarecer as notícias. O executivo de futebol Felipe Albuquerque e o treinador Márcio Fernandes conversaram com a imprensa na tarde desta quarta-feira (25).

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Um dos boatos que rolaram pelas redes sociais dava conta de um possível pedido de Esli Garcia para deixar o clube. O jogador foi alvo da ira do goleiro reserva, Matheus Nogueira, após o fim da partida. O desentendimento teria gerado a chateação no atleta, prontamente rebatida pelo executivo. "A situação do Matheus é normal, de um jogador que está indignado. Não teve problema nenhum", garantiu, citando a responsabilidade de comandar o futebol bicolor.

"Eu quero me dirigir ao torcedor do Paysandu e afastar qualquer incerteza em relação à interferência de qualquer membro da diretoria no trabalho do Márcio Fernandes", disse Felipe Albuquerque, que também citou Cazares.

"Antes do jogo ele procurou o Márcio e pediu que ficasse em casa após a partida. O Marcio conversou comigo, procedimento normal. Autorizamos ele a ir pra casa. Na manhã seguinte ele entrou em contato e disse que havia tido um problema pessoal e não viajou. Isso acontece. Talvez tenha chamado atenção porque ele não entrou na outra partida, mas, foi isso. Algo corriqueiro".

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Já a fala de Márcio Fernandes foi direcionada ao que ele chamou de "falta de respeito" com a sua história. "Eu sempre respeitei todos vocês, mas também exijo respeito. No momento em que sai uma notícia dessa, que eu não escalei o time, isso é uma coisa lamentável. Se for para ficar aqui ou em qualquer outro clube para ser uma vaquinha de presépio, não tem porque estar aqui. Não é assim. São 25 anos de carreira", disse.

Márcio tem três partidas no comando do Paysandu, vencendo uma e perdendo as duas últimas. Ainda assim, ressaltou que jamais abandonaria o seu estilo de jogo para ceder às pressões externas na montagem do time. "Eu tive a Vila Belmiro toda gritando para colocar um jogador e não coloquei. Coloquei o Robinho e ele entrou fazendo dois gols contra o São Caetano. Eu era treinador de juniores. Se naquela época eu fiz aquilo, hoje, com 62 anos, não seria diferente", relata.

"Pode ter certeza, essas pessoas que querem derrubar o Paysandu, não vão conseguir. Enquanto estiver aqui quem manda no time sou eu. Agora nas outras partes temos pessoas que tomam. Quem escala, quem manda embora sou eu. Podem ter certeza disso. Não aceito esse tipo de colocação, sempre respeitei todos e também quero respeito".

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