Dívida do Paysandu com Hélio dos Anjos ultrapassa R$ 1 milhão, afirma advogada
Clube ainda não pagou ao treinador os valores referentes à rescisão contratual, realizada no início do mês.
Os débitos do Paysandu com Hélio dos Anjos, ex-treinador da equipe, ultrapassam R$ 1 milhão. A informação foi confirmada pela advogada do técnico, Manoella Molon, em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal. Durante a conversa com a reportagem, ela detalhou a natureza da dívida.
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"Além da multa rescisória, estão em aberto salários, FGTS, verbas rescisórias, premiações, etc. Os valores incontroversos devidos pelo clube ultrapassam R$ 1 milhão, mas, caso seja necessária a judicialização, o montante devido poderá aumentar significativamente, pois, neste caso, haverá a incidência de multas pelo não pagamento das verbas no prazo, dentre outras questões", explicou.
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A judicialização do caso está sendo considerada pelos representantes de Hélio. A advogada afirmou que havia um prazo de dez dias para o pagamento da multa rescisória, contado a partir da data da demissão. Como o prazo foi extrapolado, o treinador cogita levar o caso à Justiça do Trabalho.
Em nota, o Paysandu disse não reconhece todo o valor que é postulado pelo técnico.
Pagamento atrasado
O técnico Hélio dos Anjos, demitido do Paysandu no início deste mês, ainda não recebeu os valores referentes à rescisão contratual. Os representantes jurídicos do treinador tentaram negociar os valores com o clube, mas, até o momento, não obtiveram retorno.
Hélio dos Anjos deixou o Paysandu no dia 5 de setembro, após derrota para o Amazonas-AM, na Curuzu, pela Série B. Após mais de um ano no Papão, com dois títulos conquistados e o acesso à Segundona, o treinador não resistiu a uma sequência de nove rodadas sem vitória na competição.
Somando as temporadas de 2023 e 2024, Hélio dos Anjos comandou o Paysandu em 61 jogos, com 28 vitórias, 21 derrotas e 12 empates, resultando em um aproveitamento de 52,4%.
A passagem de Hélio por Belém também foi marcada por desentendimentos com o executivo de futebol, Ari Barros. Eles entraram em confronto, o que levou o treinador a emitir um ultimato à diretoria: ou Ari seria demitido, ou ele deixaria o comando da equipe. Inicialmente, a diretoria optou por manter o técnico, mas os resultados em campo não sustentaram essa escolha.
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