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Depois de salvar o Paysandu, Márcio fala sobre desconfiança da Fiel: 'Foi uma rejeição muito grande'

Treinador bicolor chegou na reta final da Série B e foi fundamental na luta contra o rebaixamento

Vitor Castelo / Especial O Liberal

Com a vitória diante do Brusque-SC por 1 a 0, o Paysandu garantiu a permanência na Série B para a temporada 2025. Na coletiva pós-jogo, na sala de imprensa da Curuzu, ao lado do executivo de futebol do Papão, Felipe Albuquerque, o técnico Márcio Fernandes falou sobre o aproveitamento no caldeirão bicolor, os momentos difíceis da temporada, sobretudo em relação a desconfiança do torcedor quando o treinador retornou ao clube, além de responder sobre se fica para o ano seguinte.

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REJEIÇÃO DA FIEL

Quando foi anunciado pelo clube nas redes sociais, no dia 9/11, houve uma onda de críticas por parte da torcida bicolor. Naquela altura, a Fiel não aprovava a contratação do treinador, que deu a volta por cima. “A gente não pode esquecer do momento em que chegamos aqui, muito difícil, como profissional do futebol nunca tinha passado por isso, uma rejeição muito grande. Com sinceridade, eu não esperava por isso, até porque eu tinha sido campeão no Paysandu. Esperava um recebimento melhor. Não foi só eu, o Felipe que está aqui do meu lado, a gente se abraçou junto. Naquele momento não tínhamos ninguém. Era eu e ele. A gente conseguiu graça ao grupo de jogadores, a nossa torcida, que entendeu o espirito e incentivou ao máximo. Graças também, a duas pessoas, que eu quero agradecer e muito, porque não é fácil, em cima de tanta rejeição ter convicção. Eles tiveram e me trouxeram. Quero agradecer muito ao Mauricio e ao Roger”, ressaltou.

APROVEITAMENTO

Assim como na sua passagem anterior, o Paysandu de Márcio Fernandes foi praticamente perfeito em casa. Desde que o técnico retornou, o Papão venceu quase todas as partidas em seu domínio, fator determinante para se salvar do rebaixamento. Na Série B, contando todas as partidas, em Belém e fora, foram até então 11 jogos, seis vitórias, um empate e quatro derrotas. “Eu tenho um pensamento de time que quer fazer boas campanhas, que quer escapar do rebaixamento, tem que ganhar em casa. Nós jogamos seis jogos em casa e ganhamos cinco, um aproveitamento muito bom”, afirmou.

A FORÇA DO BANCO

De novo, como em rodadas anteriores, o responsável por mudar a partida veio do banco de reservas. Diante do Brusque, o Papão chegou a ficar com quatro atacantes em campo. “Eu venho de uma equipe que joga sempre para frente, que busca a vitória. Fiz parte dos meninos da vila, então isso já está no sangue. Nós temos jogadores como Jean e Eslí, que podem ser titulares a qualquer momento. Jogar com todos seria uma utopia, até porque precisamos de alguém no banco que possa mudar o jogo, para entrar no momento certo e fazer a diferença”, enfatizou.

QUER FICAR

Contratado até final de 2024, Márcio Fernandes veio para o Paysandu sem saber se ficaria para a temporada 2025. Agora, com o objetivo alcançado, o treinador revelou que quer permanecer no clube. “Isso é mais um motivo para mostrar que eu tive coragem. Eu vim para cá para mostrar que era possível salvar o Paysandu. A gente veio com a cara e a coragem, com a certeza da confiança no trabalho. Muitos viriam com dois anos de trabalho. A vontade é permanecer. Quando se quer, fica mais fácil”, finalizou.

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