CT, saúde financeira e Série A: veja metas de Maurício Ettinger para o segundo mandato no Paysandu
Em entrevista à reportagem de O Liberal, o mandatário reeleito do Papão disse que quer entregar clube na Primeira Divisão para sucessor, em 2024.
Maurício Ettinger, presidente reeleito do Paysandu, pensa grande para a próxima temporada. Depois de vencer as eleições no clube por uma larga margem de votos, o empresário já trabalha para colocar em prática um plano ousado visando os próximos dois anos de mandato. O objetivo máximo da gestão é entregar o Paysandu na Primeira Divisão para o sucessor.
Para isso, o tempo é curto. Indo para o quinto ano na Terceirona, o Paysandu precisa sanar problemas administrativos de décadas para voltar aos trilhos das conquistas. O primeiro passo para que o objetivo seja alcançado, segundo Ettinger, é deixar as contas em dias. Em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal momentos depois à vitória nas eleições, Maurício elegeu dois pilares que vão nortear o Paysandu no projeto de retorno à Série A.
"A nossa prioridade é o acesso à Série B em 2023 e à Série A em 2024. Essa é a prioridade principal do clube. Apesar disso, tem outros eixos de trabalho que continuam, como o saneamento financeiro e a implantação de processos administrativos. Cada área vai ter a sua prioridade, mas as principais são essas", disse Ettinger.
Na reta final da temporada de 2022, o presidente expôs as dificuldades financeiras vividas pelo clube. Segundo ele, a situação na Curuzu já foi pior, mas ainda está longe de ser perfeita. Em coletiva de imprensa, concedida em outubro, Ettinger disse que o Bicola enfrentou bloqueios de verbas, que comprometeram o pagamento dos direitos de imagem dos jogadores em alguns meses. Apesar disso, ele garantiu que todos os débitos foram quitados até o final do ano.
Um desses bloqueios são dos repasses feitos pela Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). Há 20 anos o Paysandu possui um débito com a entidade, que tem se tornado uma "bola de neve" ultimamente, devido aos juros e correções que correram sobre o valor do montante. Acredita-se que a dívida, atualmente, gire em torno de R$ 2 milhões.
CT deverá ser entregue em 2023
No planejamento para 2023 também está o avanço nas obras do Centro de Treinamento. Nos últimos anos, dirigentes do clube já deram vários prazos para a entrega do primeiro campo, mas desde 2016 o clube não consegue manter os trabalhos no CT Raul Aguilera. Na maior parte deste período, o local teve aparência de abandono.
Mesmo com as promessas não cumpridas, Ettinger fez questão de firmar um novo compromisso. Segundo ele, o primeiro campo do CT será entregue ainda no primeiro semestre de 2023. Maurício afirma que, parte dos esforços dos primeiros 100 dias de gestão, serão voltados ao andamento das obras no CT.
"Nos primeiros 100 dias vamos nos dedicar à base e ao CT. Vamos entregar o primeiro campo do CT no primeiro semestre de 2023 e o segundo campo no segundo semestre. Vamos investir pesado na base neste ano e, como já havia dito, continuar com o saneamento financeiro e organizar a nossa casa", explicou.
Fontes de receita
O grande foco de obtenção de receita do Paysandu para o ano que vem será o acesso. Uma possível classificação à Série B pode gerar ao Papão pelo menos R$ 8 milhões de cotas de TV. No entanto, basear o balanço financeiro do clube no desempenho em campo é incerto. Por conta disso, o Paysandu já planeja campanhas de marketing para 2023.
De acordo com Ettinger, o programa de sócio-torcedor do clube será carro-chefe na obtenção de receita. Além disso, o Bicola traça estratégias para valorizar a camisa da equipe, fechando melhores acordos de patrocínio.
"A gente tem uma meta de chegar a 10 mil sócios-torcedores durante este ano, tem uma meta de ter a camisa mais bem remunerada da história do Paysandu e tem outras metas de marketing, para organizar o clube financeiramente. Vamos divulgando isso com calma e planejamento, conversando com cada diretoria e resolvendo item a item nesta semana", afirmou.
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