MENU

BUSCA

VÍDEO: Conheça as goleiras do Paysandu que garantiram o acesso bicolor no Brasileirão A2

Meninas do Papão conquistaram o acesso para a Segunda Divisão no futebol feminino, com duas goleiras ‘revezando’ no gol e que foram decisivas na conquista bicolor

Fábio Will

O Paysandu conquistou o acesso para a Série A2 do Brasileiro de futebol feminino. As meninas do Papão venceram nos pênaltis o Rio Negro-RR, nas quartas de finais do Brasileirão, fora de casa e garantiram as Lobas na Série A2 pela primeira vez na história. A conquista passou por todo grupo, mas em especial as duas goleiras do clube alviceleste possuem um papel de destaque nesse momento.

A goleira paraense Karine e a carioca Raquelle, foram destaques do Paysandu no acesso bicolor. Com defesas difíceis e tanto no tempo normal, quanto nas disputas de pênaltis, elas escreveram seus nomes na história do clube e possuem todo o respeito e carinho da técnica Aline Costa. A comandante do Papão falou das dificuldades e da confiança que tinha nas duas goleiras.

“O elenco todo foi bem montado, mas sobre as goleiras somos bem servidas na posição. Tivemos momentos difíceis de expulsões da Karine e a Raquelle entrou bem, conseguimos a classificação e infelizmente nas quartas de final a Raquelle foi expulsa e a Karine assumiu novamente o lugar, no momento certo e a Karine fez jus, defendeu dois pênaltis”, disse.

ASSISTA


Foco total no título

Aline Costa comentou sobre a importância do acesso para o futebol paraense, o quanto isso alavanca a carreira e coloca o futebol feminino em evidência, além de citar momentos importantes nessa caminhada à frente do Paysandu.

“Foram anos de trabalho, estou desde 2016 no clube e sempre ‘batendo na trave’, mas acesso chegou no momento certo. É importante o acesso não só para o Paysandu, mas para o Estado do Pará, é o segundo acesso na minha carreira, o primeiro ocorreu com o Pinheirense, subindo para Série A1 e hoje com o Paysandu. Isso é resultado do nosso trabalho e faz com que abra vaga para mais uma equipe paraense na disputa da Série A3 em 2025 e isso só faz crescer o futebol feminino”, falou.

VEJA MAIS

Da Taça das Favelas para o Papão

A concorrente e amiga no gol do Paysandu é carioca e chegou ao Papão para a disputa do Brasileirão. Raquelle do Carmo disse que já está ambientada na capital paraense e afirmou que o foco agora é o título da Série A3.

“Estou amando Belém e é só gratidão pelo clube, pelas meninas, grata pela Aline Costa, que sempre nos ajuda. No Rio de Janeiro defendo o Corte Oito, bicampeão da Taça das Favelas, comecei nessa equipe e viram eu jogando, me indicaram e cheguei a Belém para defender o Paysandu. Antes de acertar com um time fico querendo saber como é, procurei saber, pesquisei e vi que era um clube grande, com estrutura e aceitei. Agora com acesso já garantido no currículo e é seguirmos para buscar o título”, comentou.

Parceria fechada

A relação entre as duas é de irmandade. Karine e Raquelle dividem sonhos, ambições e a possibilidade de um futuro melhor na carreira como atletas de futebol feminino.

“Temos uma relação dentro de campo e fora de campo, somos amigas mesmo. Uma ajudando a outra, dando suporte que só assim nós conseguiremos os nossos objetivos, os nossos sonhos”, disse Raquelle. Por outro lado, Karine reafirmou como o trabalho do clube e a importância da parceria das duas para o bem do Paysandu.

“Aqui é uma apoiando a outra, sempre incentivando e torcendo. Graças a Deus não temos inveja, de torcer para outra errar ou falhar, não existe isso aqui. É pelo clube e somos muito parceiras”, comentou.

Preparação

Nos bastidores do dia a dia existe um profissional fundamental para que Karine e Raquelle desempenhem suas funções dentro de campo. O preparador de goleiras Fabrício Colares, iniciou o projeto de preparação das goleiras do Paysandu e hoje colhe os frutos de um trabalho árduo e muitas vezes pouco reconhecido.

“É um desafio maravilhoso trabalhar com as duas. Sobre tudo o potencial delas, é um trabalho gratificante, que só me fortalece. A importância do acesso é imensurável, pois trabalhar com o futebol feminino é um grande desafio e esse acesso possui muita relevância. Trabalhar com atletas de auto rendimento, com potencial enorme, aprimorando técnicas, trazendo metodologias, sempre estudando, buscando referências isso faz toda a diferença no resultado. Administrar isso é uma outra situação [assédio de outros clubes nas jogadoras], é inevitável isso, pois faz parte do futebol, principalmente com goleiras que conseguem performar e naturalmente vem a procura de outros clubes e tentamos administrar isso da melhor forma possível, o clube vem tratando desses assuntos, para que isso não venha interferir com o rendimento delas em campo”, finalizou.

Paysandu