Com chegada de três estrangeiros, Paysandu resgata tradição de jogadores 'importados'; veja mais
Este ano, o Papão já anunciou três jogadores de fora do país: o colombiano Oswaldo Henríquez, o também paraguaio Jorge Jimenéz e o venezuelano Robert Hernández; veja outros nomes que vieram de longe para vestir a camisa do clube
Há muito tempo que o Paysandu não monta um elenco com tantos nomes estrangeiros. Embora a própria origem do clube remonte de episódios históricos ocorridos além das fronteiras do Brasil, a presença de jogadores de outras nacionalidades não é um fato muito comum na rotina do bicola. E quando acontece de ser, inevitavelmente eles se tornam alvo dos olhares, sobretudo da exigente torcida.
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Este ano, o Papão já anunciou três jogadores de fora do país: o colombiano Oswaldo Henríquez, o paraguaio Jorge Jimenéz e o venezuelano Robert Hernández. Outro que veio de fora do país mas não é estrangeiro é o mineiro Stefano Pinho, há oito anos jogando no exterior, com passagens por times da Finlândia, China, Arábia Saudita e Estados Unidos. Confira outros nomes que vieram de longe defender as cores do Papão da Curuzu.
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Relembre os jogadores estrangeiros que passaram pelo Papão
Matthews
O inglês que teve, por vezes, o nome grafado como em um abrasileirado Matheus. Foi dele o primeiro gol da história do clube, que, por coincidência, também foi o primeiro do alviazul no clássico Re-Pa, em 1914. De acordo com os registros históricos, ele atuou no Paysandu na função de meia-esquerda.
Nuno
Na história do clube, não houve nenhum atleta com nacionalidade tão espalhada como o atacante Nuno, que jogou no Papão entre 1995 e 2000, a maior parte desse período emprestado a outras equipes. Nuno é nativo de Moçambique, mas tem cidadania portuguesa e radicou-se no Pará. Ficou marcado por um gol em especial, assinado em setembro de 1995, dia em que o Papão venceu o Flamengo por 2 a 0, pelo Campeonato Brasileiro da Série A. A partida tinha em campo o "temido" Ataque dos Sonhos, com Sávio Romário e Edmundo, que na prática se mostrou um dos maiores fiascos da história rubro-negra. Nuno morreu em 2019, em decorrência de um infarto.
Carlos Galván
Em 2004, o zagueiro argentino Carlos Galván foi titular do Papão em alguns jogos da Série A. A origem do defensor remonta do Racing, por onde foi semifinalista da Copa Libertadores da América de 1997. Veio para o Brasil em 1999 e logo se destacou no Atlético Mineiro como vice-campeão do Brasileirão daquele ano. No Paysandu, era peça importante na luta contra o rebaixamento no Brasileirão de 2004, mas preferiu sair em meados do torneio após receber proposta vantajosa de outro clube.
Martín Cortés
Meia de dupla nacionalidade argentina e chilena, jogou no Paysandu em 2011, mas não empolgou. Atua como volante e tem larga experiência no futebol sul-americano, mas no Paysandu, seu único clube brasileiro no currículo, não teve sucesso e passou pouco tempo na Curuzu.
Luis Cáceres
Volante paraguaio contratado pelo Paysandu para a temporada de 2018. Em seu currículo tem passagens por outros clubes brasileiros. Defendeu o Vitória e o Coritiba. Pelo Papão da Amazônia jogou 20 partidas e não marcou nenhum gol.
Yilmar Filigrana
Atacante colombiano foi contratado em 2018, juntamente com Cáceres, mas deixou o clube ainda em janeiro, antes de estrear, em função de entraves burocráticos com o Deportes Quindío e a federação colombiana.
Ryan Williams
O último estrangeiro a apostar na Curuzu, o jogador inglês deu o que falar em Belém, muito mais pela sua condição fora dos gramados. Com passagens pelo Stoke City, Ottawa Fury FC, Inverness e Brentford, foi anunciado no início de 2018, com três meses de contrato. Não foi regularizado a tempo para participar do estadual e da Copa Verde de 2018. A estreia ocorreu na Série B do mesmo ano, no empate com o São Bento. Sem atuar novamente, pediu a rescisão contratual, alegando razões familiares para voltar à Inglaterra. Foi bastante criticado e tido pela mídia local como um "reserva de luxo".
Treinadores estrangeiros também marcaram história na Curuzu
Juan Álvarez
O uruguaio chegou em 1965, indicado por Zezé Moreira, com quem havia trabalhado Nacional, vice da Libertadores de 1964. Veio de surpresa, sem nome e muito criticado, mas deu a volta por cima, conquistando cinco títulos estaduais e, entre os seus feitos, teve uma certa vitória sobre o Penarol, feito celebrado pela torcida até hoje. Foram 78 partidas, com 56 vitórias, 15 empates e 7 derrotas no Paysandu, fruto de passagens nas décadas de 1960 e 1970. Ao falecer, em 2008, pediu que suas cinzas fossem espalhadas no estádio do clube.
Sergio Ramírez
Outro uruguaio, que aportou em Belém. Iniciou trajetória em clubes brasileiros como jogador, em especial no Flamengo. No célebre duelo entre Uruguai e Brasil, em 1976, é tido que saiu no braço com Rivellino. Comandou o Paysandu em oito partidas da Série B de 1996, com duas vitórias, quatro empates e duas derrotas.
Darío Pereyra
Por fim, outro uruguaio a fazer história no Papão foi Darío Pereyra que reforçou o Paysandu na disputa da Taça Libertadores da América de 2003. Esteve no comando técnico do clube por oito partidas, sendo cinco vitórias, incluindo a histórica sobre o Boca Juniors em La Bombonera, pelo placar de 1 a 0.
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