Capitão do último tricampeonato do Paysandu, Gino comenta clima do Re-Pa
O ex-zagueiro fez parte da geração de ouro bicolor, que arrastou quase todos os títulos disputados no início dos anos 2000
O Paysandu pode chegar ao 50º título estadual neste domingo (14). Para isso, basta manter a vantagem conquistada sobre o Remo no jogo de ida da final, com a vitória por 2 a 0. Caso as perspectivas se mantenham firmes, o Paysandu pode subir mais um degrau no seleto grupo dos maiores campeões estaduais do Brasil.
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Apesar da projeção favorável, a conquista de um título vai muito além do que é apresentado nas quatro linhas. Quem entende do assunto sabe o quão difícil é manter um grupo unido e comprometido, como lembra o ex-zagueiro Gino, que fez parte da chamada "Era de Ouro" do Paysandu, no início dos anos 2000.
"Nós conquistamos a tríplice coroa entre 2001 e 2002. Foi o Campeonato Brasileiro, Campeonato Paraense, Copa Norte, com um elenco fantástico. Nós tínhamos jogadores de altíssima qualidade técnica, que entravam e resolviam os problemas. Então, além de um time bem forte, que a gente tinha um nível de qualidade, um time bem concentrado, bom de campo", recorda.
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Capitão do histórico time bicolor no início do século, Gino esteve presente no 40º troféu estadual conquistado pelo Papão, em 2002. O título foi ainda mais importante, pois marcou a último tricampeonato do clube (2000, 2001 e 2002). Para ele, o Campeonato Paraense, embora pareça subjugado em detrimento das competições nacionais, é de extrema importância para o torcedor.
"Quando a gente fala em Re-Pa, toda pequena vantagem se torna uma grande vantagem. Uma vantagem no clássico que você obteve em um jogo não significa a história do outro jogo. O Paysandu esteve muito bem nesse primeiro, saiu na frente, mas você viu que na Copa Verde teve extrema dificuldade. Você precisa estar realmente bem preparado, fisicamente, tecnicamente, principalmente psicologicamente".
Outro diferencial que o atual elenco pode usar a seu favor é a torcida. Na visão dele, o torcedor bicolor é diferenciado e faz um peso enorme na hora das partidas. "A gente tem várias equipes no Brasil todo que tem uma massa muito grande como o Corinthians, Flamengo, Atlético Mineiro, o Cruzeiro, Vitória e Bahia, mas aí em Belém a história é diferente, só quem esteve ai para ter a noção do que significa entrar em campo com o torcedor do Paysandu", garante o ex-jogador, que mostra muito respeito com o trabalho de Hélio dos Anjos como o grande maestro do elenco.
"O Hélio é um profundo conhecedor de jogadores. Ele consegue colher frutos de jogadores que você nunca viu. Ele consegue extrair o melhor de cada um. Eu tenho certeza absoluta que esse é um momento de muita clareza do Hélio e sua comissão, dando para eles a certeza absoluta do que significa o Re-Pa e a grandeza de um título no Paysandu. A gente tem certeza que os jogadores vão entrar aptos nesse próximo domingo e fazer o melhor e certeza absoluta que mais um título vai vir”, completa.
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