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Capitão do Paysandu sobre o VAR na Copa Verde: 'Se tivesse contra o Náutico, poderíamos estar na Série B'

Os dois jogos da final da Copa Verde terão a presença da arbitragem de vídeo. Pedido partiu da emissora detentora dos direitos de transmissão da competição

Carlos Fellip

Há cerca de sete meses em funcionamento no futebol brasileiro, o VAR (do inglês Assistant Video Assistant Referee) ainda é alvo de críticas e debates. Dos mais de 230 jogos que tiveram a presença do recurso de vídeo para a arbitragem no Brasil nesta temporada de 2019, somente um foi em Belém (Paysandu x Internacional, pela Copa do Brasil). A ferramenta voltará a atuar no futebol paraense na final da Copa Verde, quando o Papão enfrentará o Cuiabá pelo tri da competição. Para o zagueiro e capitão bicolor, Micael, um reforço a mais em campo.

Um dos líderes do elenco do Paysandu, o zagueiro, que é um dos que mais estiveram em campo pelo Bicola na temporada de 2019 com 35 partidas, foi categórico ao defender o VAR, apesar de admitir que o recurso ainda precisa passar por um processo de maturação para funcionar plenamente.

"Sou do tipo que acredita que temos que buscar melhorias sempre e temos que dar tempo para o VAR. Acho que é pouco tempo ainda. Temos que esperar esta transição e não dá para dizer se isto vai durar cinco ou dez anos. Temos que cobrar sim, mas também temos que dar tempo. De repente, se tivesse VAR contra o Náutico [na decisão do acesso na Série C deste ano], estaríamos na Série B agora. Então, acho válido! O que não pode é haver injustiça", disparou. Na partida contra o Timbu, o árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou uma penalidade inexistente no final da partida, que acabou levando a decisão para as penalidades e terminou com o acesso do time pernambucano.

APRENDIZADO

O fracasso diante do Náutico e também no Paraense, aliás, seguem sendo lembrados na Curuzu, mas com um objetivo específico: o aprendizado. "Uma coisa muito clara é que classificamos o Paraense em primeiro lugar, com os melhores números. Na Série C, tivemos uma dificuldade no início, mas nos recuperamos e quase conseguimos ficar em primeiro lugar do número. Só que todos se resumem ao mata-mata. Não adianta fazer uma campanha boa se não conquistarmos no mata-mata. A Copa Verde é assim, então temos que aprender pra agora. O mata-mata faz a diferença e qualquer um pode ganhar", disse Micael.

A análise do defensor alviceleste é fruto de um período de 37 dias sem partidas oficiais, sendo 10 de folga geral. Perguntado sobre os impactos que um período tão grande pode provocar em uma equipe que está prestes a encarar uma final de campeonato, Micael filosofou:

"Temos dois lados pra ver. É ruim porque ficamos parados e os caras [o Cuiabá] está embalado... isso é olhar o copo meio vazio. Temos que olhar o copo meio cheio. Estamos há 37 dias sem jogos oficiais... eu estou querendo jogar. O time do Paysandu quer jogar. Nós queremos conquistar isso. Temos que entrar bem focados. Não queríamos essa parada desse jeito, mas aconteceu e vamos administrar da melhor forma. Os dois amistosos foram muito válidos e eu já vejo nosso time, em termos de treinamento, muito mais preparado do que quando começamos a inter pré-temporada, em outubro".

O Paysandu inicia a decisão da Copa Verde contra o Cuiabá como visitante. O primeiro jogo está marcado para as 21h (horário de Brasília) desta quinta-feira (14), na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT). Quem vencer este jogo levará a vantagem para a partida da volta, que será na quarta-feira (20), às 21h, no Mangueirão, em Belém. As duas partidas serão transmitidas lance a lance pelo portal OLiberal.com.

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