Capitão do acesso, Hélio dos Anjos diz que Paysandu deve entrar em nova era de modernidade
O técnico bicolor esteve muito emocionado após a conquista do acesso e enumerou os pontos da campanha, que fizeram o time sair de uma fila de espera de cinco anos
Se existe um nome responsável pela guinada do Paysandu na Série C do Campeonato Brasileiro, certamente é o de Hélio dos Anjos. O treinador assumiu o comando do time em um momento delicado da competição, com um elenco desacreditado e hoje concluiu uma volta épica, que tirou o clube de uma amarga espera que já durava cinco anos. Após o jogo contra o Volta Redonda, o treinador falou sobre a conquista e sobre o futuro no Papão da Amazônia.
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No começo da coletiva, Hélio falou sobre o momento do clube e a obrigação de elevar, junto com a divisão, a estrutura e o profissionalismo da marca Paysandu, começando pelo próprio estádio. "O Paysandu precisa alavancar, crescer, oferecer aquilo que o torcedor deseja. Um exemplo é o estádio. Vamos colocar uma frente bonita. Eu mesmo faço a minha doação. Isso é para a torcida chegar e ficar admirada. O Paysandu tem que ter uma roupagem nova, para crescer e oferecer para a torcida o que o clube tem a oferecer".
Mesmo com vários acessos e títulos importantes na carreira, o treinador destacou a conquista, que classificou como a mais importante de sua trajetória esportiva. Uma das coisas que me chama muita atenção. Eu nunca fui tão querido pelas pessoas, como eu me sinto em Belém do Pará. [Chegada em Belém] Vai ser a recepção mais marcante nesses 40 anos de carreira que eu tenho. No meu bolso o tempo todo eu trago a corda de Nossa Senhora de Nazaré", revela.
Em relação ao jogo, o treinador destacou a bravura do time, que seguiu à risca o planejamento tático, principalmente quando o time sofreu uma pressão descomunal, quando perdia de 1 a 0 e um gol a mais para o Volta eliminaria o time da competição. Segundo ele, o principal diferencial da defesa bicolor foi a presença de Naylhor, como peça central da zaga. "Eu uso um jogador que é o grande nome do Paysandu em termos de profissionalismo e identidade. O Naylhor. Merecia entrar e jogar esses minutos como jogou. Naylhor trabalhou e hoje foi muito feliz jogando nessa linha de cinco que usamos nos últimos 15 minutos", disse, sobre o esquema com três zagueiros e dois laterais, tendo Naylhor no centro.
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Táticas à parte, o assunto da permanência foi outro abordado pelo treinador, que preferiu não entrar no assunto, mesmo sem esconder o desejo de permanecer no clube, diante da identificação e do próprio desejo do presidente Maurício Ettinger, que disse ter interesse em contar com ele em 2024. "Eu tenho contrato até 31 de dezembro. Não vou pensar nisso. Amanhã é outro dia e vamos ter tempo para conversar sobre o assunto".
Por fim, após a conquista, Hélio vislumbrou um novo tempo para o Paysandu, onde o profissionalismo e a grandeza de sua nação estejam de mãos dadas rumo ao lugar onde o clube merece estar. Na opinião dele, um dos principais investimentos deve ser feito na construção do sonhado Centro de Treinamento e na readequação do estádio Leônidas Sodré de Castro, a Curuzu. "O Paysandu precisa construir o CT. Não dá para adiar mais. É preciso construir e deixar a Curuzu como uma arena multiuso. O povo daqui gosta muito de shows, festa, pode usar para essa finalidade. É preciso dar um passo além na profissionalização do clube para que ele cresça por todos os lados", encerra.