Após primeiro gol na carreira, atacante do Paysandu abre o coração: ‘Tentava ser gandula’; vídeo
Aos 20 anos, Roger marcou na virada contra o Náutico; jovem contou sobre a descoberta e o começo da carreira
O relógio marcava 48:50 do segundo tempo e o Paysandu já vencia o Náutico, de virada, por 3 a 2, mas as emoções ainda não haviam chegado ao fim. Especialmente para um garoto que, aos 15 anos, precisou deixar a mãe e o município de Salvaterra, no Marajó para seguir o sonho de ser jogador. Um jovem que, há não muito tempo, se inscrevia em listas para ser gandula dos jogos do Papão - e nunca conseguiu.
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Em um esforço do meia Ronaldo Mendes, que fez o primeiro do Papão contra o Timbu, para evitar a saída da bola na linha de fundo do ataque, a redonda chegou aos pés de Nicolas Careca. Sem ser fominha, o centroavante invadiu a área e deu, açucarada, para o atacante Roger, hoje com 20 anos, fazer o quarto do Paysandu e o primeiro dele com a camisa bicolor.
"A emoção foi gigante. Sabia nem o que fazer. Tirei a camisa, feliz demais. Estava na hora certa, no momento certo. É seguir trabalhando, que com certeza as oportunidade vão vir. Deus vai abençoar com mais gols", explicou Roger, em meio à timidez, sobre o momento do gol.
O começo
Mais de cinco anos antes de balançar as redes contra o Náutico, Roger era apenas um garoto de 15 anos, que jogava bola por diversão. Às vezes, até exagerava, e a mãe, conta o jogador, puxava a orelha dele por isso. Até que um dia, o passatempo passou a ganhar contornos mais sérios, graças a um ídolo bicolor:
"Minha mãe sempre pegava no meu pé, dizia que era para eu estudar. Falava que eu não queria nada com estudo. Mas eu só queria saber de jogar, ‘gazetava’ aula para jogar bola. Minha mãe cobrava bastante. [A descoberta] eu estava brincando em um campo. O Vélber foi jogar um amistoso, me viu, conversou com minha mãe e me levou. Fui para o União Paraense, morar com meu pai em Belém, aos 15 anos. Fiquei uns três anos treinando no União Paraense, em Benevides. Jogava só nas categorias de base. Saia 6h para treinar 8h, treinava de manhã e à tarde descansava", contou.
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Profissional
Após chamar a atenção do Paysandu, foi levado para o sub-20, em 2021. Já no clube bicolor, disputou o Brasileirão de Aspirantes em 2022, ano da estreia como profissional - entrou aos 43 do segundo tempo contra o Tocantinópolis, na Copa Verde.
Roger finalizou contando sobre as diferenças da base e profissional, além de deixar uma mensagem para os amigos que, assim como ele, abriram mão até da família para ir em busca do sonho de jogar futebol:
"É muito diferente o profissional, tem um apoio maior, os caras mais experientes ajudam a gente. Cobrança é bem maior. Desejo muita sorte para meus amigos que são da base. Nunca cheguei a ser gandula, mas eu tentava, colocava meu nome na lista. Graças a Deus fiz o meu primeiro gol", concluiu.
Lance a Lance
Com Roger, o Paysandu volta a campo no próximo domingo (20), às 19h, no Estádio da Curuzu. A partida, válida pela penúltima rodada da Série C, tem transmissão Lance a Lance pelo portal OLiberal.com.