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Presidente do Paysandu avalia a temporada marcada pelo 'quase': 'A responsabilidade foi de todos nós'

Foi um ano para o torcedor esquecer e também para servir de lição por não ter conseguido nenhum título e nem o acesso

Andreia Espírito Santo

Quando caiu para a Série C deste ano, o Paysandu sabia que o ano de 2019 precisaria ser de conquistas, entre elas, o retorno para a Série B. No entanto, a história desenvolvida ao longo deste ano foi bem diferente. Tudo começou ainda no Parazão. O técnico João Brigatti continuou no comando do Papão, mesmo sendo o comandante na época que o time caiu. A justificativa foi que ele não teve tempo de montar o elenco, neste ano teria. No meio do Campeonato Paraense, a primeira surpresa. O treinador foi demitido, mesmo com o time invicto na competição. 

Léo Condé foi contratado para o cargo. No entanto, ele não conseguiu o primeiro objetivo traçado pelo Paysandu que era o título do estadual. Além de cair na semifinal, o time bicolor ainda amargou o quarto lugar na competição. O jogo foi contra o Bragantino, que venceu nos pênaltis os bicolores e ficou em terceiro lugar. 

A Série C iniciou e o Paysandu mudou de técnico algumas rodadas depois.  Após as derrotas para o Juventude, em Belém, para o Internacional, em Porto Alegre, pela Copa do Brasil, e Boa Esporte, em Varginha, o técnico Léo Condé foi demitido. Ele trabalhou só dois meses. 

O Paysandu foi atrás do terceiro técnico para comandar o time em 2019 e trouxe Hélio dos Anjos. O técnico bicolor assumiu com a missão de ajudar o Papão a chegar na fase mata-mata da Série C. Ele conseguiu, mas o Papão acabou parando nas quartas de final. Novamente ficou no "quase". No jogo de volta contra o Náutico, o árbitro marcou um pênalti no minuto final e deixou tudo igual no Arruda. E novamente o Papão foi eliminado nos pênaltis. Foi o segundo revés bicolor no ano e precisou ver o técnico João Brigatti subir o Sampaio Corrêa para a Série B. 

A última esperança bicolor era a Copa Verde e o Paysandu investiu na competição. Foi assinado um aditivo com os jogadores para que continuassem no clube, já que o jogo da final do torneio regional demoraria 40 dias para ocorrer.  Na primeira partida, na Arena Pantanal, o time bicolor venceu o Cuiabá por 1 a 0. A esperança tomou conta da torcida, da diretoria, da comissão técnica e dos jogadores. Em Belém, o Paysandu conseguiu segurar o resultado do empate que dava o título da Copa Verde para os bicolores, com direito a vaga as oitavas de final da Copa do Brasil e R$ 2,5 milhões. 

Novamente, o time bicolor teve um revés na partida e no minuto final o Cuiabá fez o gol que levava a decisão para os pênaltis. O resultado foi que mais uma vez o time bicolor deixou escapar um título. 

"Nós batemos na trave no estadual, na Série C e na Copa Verde - faltou capacidade de definição. Porque a gente dominou o jogo inteiro. Faltou definir. Então a responsabilidade foi de todos nós (diretoria, comissão técnica e jogadores", afirmou o presidente do Paysandu, Ricardo Gluck Paul. 

O mandatário afirma que em 2020 tudo será diferente. "Tenho uma visão otimista para o ano que vem, porque o Paysandu conseguiu uma identidade de defesa sólida, o que a gente precisa fazer agora é ter coragem pra fazer os ajustes pontuais. A falta de definição foi algo que acompanhou a nossa temporada. A gente conquistou a identidade de defesa. Intensidade, sprint individual e coletivo. Pela primeira vez a gente passou um semestre inteiro sem perder fora de casa. Mas pecamos para fazer gols. É só perceber. O Nicolas chegou como meia e se transformou em centroavante (O Paysandu contratou quatro centroavantes no ano e todos sem sucesso, foram eles: Paulo Rangel, Paulo Henrique, Wesley Pacheco e Jheimy)", garantiu Gluck Paul.  

 

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