Ricardo Gluck Paul admite erro da FPF com gramados: 'Ponto fraco do campeonato'
Em entrevista, o presidente da FPF admitiu que a condição dos gramados é um ponto fraco do Parazão
Ricardo Gluck Paul, presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), abriu o jogo em entrevista para o canal “Eh Noiz Queiroz”, no Youtube, e abordou a questão dos gramados do futebol paraense. Na última quinta-feira (25), a entidade vetou a realização de jogos na Arena Verde por conta das condições precárias do estádio de Paragominas, administrado pela prefeitura local e onde o Tapajós, de Santarém, tem exercido o mando de campo.
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A entrevista foi gravada na última segunda-feira (22), Gluck Paul fez um balanço e também uma autocrítica acerca dos gramados do futebol paraense. Confira a seguir os principais pontos abordados.
Condições dos gramados do Parazão
“Esse é um ponto fraco do campeonato, dizendo com honestidade, que precisa evoluir muito. Existem alguns estádios que não nos geram preocupações, como o Mangueirão, Baenão e Curuzu, por motivos óbvios, e outras praças sim. Isso é um ponto muito sensível, porque muitas vezes os estádios não são dos clubes e pertencem ao município, e até estádios que pertencem a entes privados que não são os clubes e nem a prefeitura.
A gente precisa engrossar o nível de exigência para liberar essas praças para a prática esportiva. Ao mesmo tempo, a gente tem que ter a sensibilidade da interiorização, dos clubes reforçarem as conexões com sua torcida, comunidade e patrocinadores. É uma estrada difícil de acompanhar.”
Evolução das praças
“Percebo algumas importantes evoluções. O Parque do Bacurau, por exemplo, está com a iluminação do estádio e isso foi um ponto que a gente deve registrar como positivo. Em Marabá infelizmente não ficou pronto para esse ano, mas o Estádio Municipal vai ficar um espetáculo e sem dúvida nenhuma uma praça importante para o futebol paraense. O Zinho Oliveira se presta para muitas coisas, porém, não consegue suportar uma terceira fase de Copa do Brasil. Então vejo que com o novo estádio, vai aumentar o nível da competição.
Acho que tem algumas evoluções e umas questões que a gente precisa pontuar. Há um compromisso da Federação de estar próximo desses clubes para apoiá-los, no sentido de evoluir, e também de cobrar o suficiente para chegar em um ponto que não dá mais.”
Qual o plano?
"Temos um projeto, faço um mea culpa que ele ainda não conseguiu se materializar e a nossa ideia é que seja um piloto já nesta temporada, que consiste no seguinte: tem um estádio nível A, B e C. No C não pode usar na competição; no B pode usar na primeira fase; no A pode usar nas fases eliminatórias. Outros estádios precisaríamos entender o que impede eles de, por exemplo, ser um 'nível A' e aí correr atrás para classificá-los como 'A'.
Não adianta só punir, o pessoal acha que a Federação tem só que punir e vetar jogo em alguns lugares. Acho que tem que ter uma sensibilidade e construir isso juntos, segurar a mão de todos e caminhar para uma evolução coletiva".