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Colunista avalia 'derrota' do Paysandu após propostas não aprovadas no congresso técnico do Parazão

Felipe Albuquerque, diretor de futebol bicolor, representou o Paysandu no evento.

Aila Beatriz Inete

O Congresso Técnico do Campeonato Paraense 2024, realizado no último final de semana em Tracuateua, no nordeste do Pará, definiu mudanças significativas para o torneio. Apesar de levar diversas propostas à discussão, o Paysandu não conseguiu aprovar pontos considerados estratégicos e saiu "derrotado", conforme avaliação do colunista Pio Netto, em entrevista ao Núcleo de Esportes de O Liberal.  

O clube bicolor, que estava representado pelo executivo de futebol Felipe Albuquerque, não teve algumas de suas propostas aprovadas em votação. O time levou para o encontro destaques como a manutenção dos duelos de ida e volta nos mata-matas, além de utilização integral da capacidade dos sócios nas partidas de jogo único, a liberação de tranferência de jogadores ilimitadas durante a disputa. Além disso, a equipe sugeriu que, em caso de partidas únicas, os jogos fossem realizados em Belém.

No entanto, a maioria dos clubes, especialmente os do interior, rejeitou as propostas do Papão, aprovando em votação a adoção de partidas únicas nas fases decisivas e limitando transferências de atletas entre equipes do torneio.  

A reportagem entrou em contato com o Paysandu para uma entrevista exclusiva com o diretor Felipe Albuquerque. O Núcleo de Esportes de O Liberal enviou questionamentos ao dirigente que, até o fechamento desta reportagem, não foram respondidos.

Repercussão  

image Felipe Albuquerque, executivo de futebol do Paysandu (Jorge Luiz / Paysandu)

Para Pio Netto, a rejeição às propostas do Paysandu reflete a união dos clubes do interior contra medidas que poderiam ser mais "seguras" para as equipes grandes do Estado. 

"O Paysandu foi derrotado em algumas propostas que, em sua essência, dariam um pouco mais de segurança para os chamados grandes em detrimento da turma do interior. Como os jogos de ida e volta na segunda e terceira fases, ou então jogo único no Mangueirão. Foi voto vencido porque a turma do interior se uniu", apontou o colunista", analisou o colunista.  

Apesar disso, Pio descartou qualquer perseguição ao clube. "Sempre existe especulação, mas não vejo consistência nisso", afirmou.  

Segundo o colunista, as mudanças podem trazer maior dramaticidade ao torneio por conta do aumento das chance de surpresas.

"O Parazão ganhou mais dramaticidade, considerando que o risco de uma eliminação precoce aumentou. Em 90 minutos, um 'gigante' pode ser eliminado. Mas, prevaleceu também a questão do calendário nacional, que reduziu o espaço dos estaduais", concluiu Pio Netto.

Regras e novidades

A competição, marcada para começar em 16 de janeiro, contará com 12 equipes. Na primeira fase, cada time disputará oito jogos, com os oito melhores avançando às quartas de final. As finais permanecerão no formato de ida e volta, enquanto as fases intermediárias terão jogos únicos.  

No caso das inscrições de jogadores, a mudança é que, a partir de 2025, o atleta inscrito por uma equipe não poderá se transferir para outro clube durante a primeira fase do torneio. 

Já na segunda fase, a regra é que apenas jogadores de times rebaixados ou que não avançaram aos mata-mata poderão trocar de equipe.

Outra novidade é a adoção do VAR (árbitro de vídeo). A Federação Paraense de Futebol (FPF) estuda adotar a ferramenta durante todo o campeonato, se não possível, deverá ser utilizado a partir das quartas de final.  

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